(05/12/05) - O Centro de
Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Escritório
do Ibama em Vitória da Conquista está
coordenando uma operação de
soltura de 243 aves que chegaram esta semana
do Estado de São Paulo. Essas aves,
oriundas do tráfico, são resultantes
de várias apreensões ocorridas
naquele estado, nos últimos anos. Desde
então, elas vinham sendo mantidas em
três diferentes CETAS paulistas.
A iniciativa de repatriar
essas aves para a Bahia deve-se ao fato de
que todas são endêmicas da região
nordeste, do Bioma Caatinga, pertencentes
a 7 espécies: galo de campina, periquito
da caatinga, brejal, pássaro preto,
pintassilgo baiano, coleirinha baiano e corrupião
(sofrê). O pintassilgo baiano, ou coroinha,
como também é conhecida essa
ave, consta da lista nacional de animais ameaçados
de extinção.
O processo de soltura dessas
aves está ocorrendo em uma área
da fazenda Realeza, localizada no município
de Tremendal, distante há 90 quilômetros
de Vitória da Conquista.
O analista ambiental Vincent
Kurt, um dos técnicos do Ibama paulista
que acompanharam a remessa das aves para a
Bahia, via transporte aéreo, disse
que esse processo de soltura deve se prolongar
por, pelo menos, 15 dias. No local escolhido,
as aves estão sendo marcadas com anilhas
(anéis metálicos de identificação),
acondicionadas em gaiolas especiais visando
a sua completa ambientação,
para no momento certo abrirem as portas e
as deixarem sair.
Após a etapa de soltura,
as aves devem ser monitoradas por até
um ano, para se ter uma idéia da porcentagem
de sobrevivência do plantel repatriado.
A expectativa dos técnicos é
que o maior número de aves consiga
se readaptar ao seu habitat natural. Uma das
possibilidades que contribuem para que essa
readaptação ocorra com maior
rapidez é a reintegração
dos animais aos bandos locais.