(02/12/05) - O responsável
pela Coordenação Geral de Zoneamento
e Monitoramento Ambiental (CGSAM/Dipro/Ibama),
Francisco Oliveira, informou ontem que o Ibama
trabalha para unificar os sistemas de informatização
da Casa. Objetivo é tornar mais amigável
o acesso interno e externo às informações,
canalizando-as numa linguagem e forma organizadas
e sistematizadas, para facilitar a consulta
pelos cidadãos, seja por servidores
do Ibama das várias regiões
do País, seja por parte de cidadãos
comuns.
Oliveira falou sobre o tema
durante palestra no I Encontro Nacional dos
Chefes da Divisão de Fiscalização,
em Brasília. Quarenta chefes de Dicof
participam do evento, que termina hoje (02/12)
e se propõe a equacionar dificuldades
e integrar ações entre os servidores
dos vários estados.
Com a unificação,
em curso, hoje, estados compartilham dados
sobre áreas de reserva legal, de preservação
permanente, facilitando o controle da origem
da madeira extraída ilegalmente. “Ainda
há certa dificuldade de acesso à
informação, o que, evidentemente,
deve ser superado”, explica Oliveira. Segundo
ele, na sociedade democrática, as informações
públicas devem ser oferecidas livremente
e de forma clara. O diretor informa que, além
da veiculação integrada e organizada
dos bancos de dados do Ibama, há a
possibilidade de que outros Ministérios
e órgãos compartilhem informações
em rede. “Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) e Incra (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária),
por exemplo, já manifestaram o desejo
de trocar informação conosco”,
adianta Oliveira.
O coordenador acrescenta
que o Ibama está investindo paralelamente
no refinamento das informações.
Assim como os satélites desenvolvidos
por Ibama, Inpe e Serviço Florestal
Americano, que identificam zonas de desmatamento
e focos de incêndio, Ibama pretende
fornecer imagens de satélite precisas,
por município (por ora, três
estados usufruem delas - Mato Grosso, Pará
e Amapá).
Com isso, evitam-se equívocos
de localização geográfica,
além de reincidências. O órgão
planeja ir mais longe, oferecendo informações
detalhadas sobre autos de infração.
Em breve, assim como se acha o fogo nos mapas,
será possível localizar pontos
exatos de propriedades rurais multadas, além
do histórico da infração
e da cobrança. “Em breve, todos os
estados poderão acessar os dados. Informação
é um direito e, por ele, devemos trabalhar”,
finalizou Oliveira.