11/12/2005 - A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a defender
o projeto de lei que regulamenta a exploração
de florestas públicas para o desenvolvimento
sustentável, que está em análise
no Congresso Nacional. Marina Silva esteve
ontem (10) na abertura da 2ª Conferência
Nacional do Meio Ambiente, em Brasília.
"A vida me ensinou
que a melhor forma de proteger a floresta
é dando viabilidade econômica
para os produtos madeireiros e não
madeireiros em base sustentável. A
melhor forma de proteger as florestas é
adotar mecanismos para que ela continue floresta
e continue pública", disse, referindo-se
às críticas que tem recebido
de alguns setores da sociedade por defender
a aprovação no Congresso Nacional
deste projeto.
Em seu discurso durante
a Conferência, Marina também
voltou a defender a importância da revitalização
do Rio São Francisco e disse que o
projeto do governo de integração
do Rio São Francisco às bacias
do Nordeste setentrional foi elaborado com
total "isenção e respeito
à biografia dos participantes".
A ministra tocou neste assunto, pois reconheceu
ser polêmico e fará parte da
pauta das discussões da 2ª Conferência
Nacional do Meio Ambiente, que acontece até
a próxima terça-feira (13).
Outro tema polêmico
que a ministra abordou em seu discurso foi
a questão dos transgênicos. Ela
reconheceu ter sido "derrotada"
nesta questão, já que a proposta
elaborada pelo Meio Ambiente referente ao
assunto, embora tenha sido assinada pelo presidente
Lula, não foi aprovada no Congresso
Nacional. "Considero que quem foi derrotado
foi o nosso país, muito mais do que
a ministra Marina Silva, porque o Brasil não
precisa ter uma lei permisssiva que facilita
apenas o modelo. O Brasil pode ter um modelo
de coexistência".