05/12/2005 – No debate
sobre a realidade ambiental do Rio Grande
do Sul, durante a Conferência Estadual
do Meio Ambiente, um dos destaques foi a mata
atlântica. "É das maiores
riquezas que temos. Esse ecossistema é
um dos mais ricos no estado. E ele tem os
maiores problemas. As ameaças são
maiores, por isso a necessidade de termos
políticas de preservação",
afirmou a gerente estadual do Instituto Brasileiro
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
Cecília Hipólito.
Outras prioridades, segundo
ela, são a preservação
da zona costeira do estado, do "maior
complexo lagoas da América Latina,
com a riqueza de recursos pesqueiros, tanto
em quantidade, espécies, quanto em
diversidade, na nossa costa marinha"
e do bioma pampa. Segundo ela, é um
bioma característico do sul da América
do Sul, presente só no Rio Grande do
Sul – no caso do Brasil. "Representa
apenas 2% do território nacional, mas,
no estado, representa 60% do território,
por isso, ele precisa receber destaque nas
políticas públicas de proteção."
Para a gerente do Ibama,
a 1ª Conferência Nacional do Meio
Ambiente teve o mérito de iniciar o
processo de diálogo com a sociedade
e fazer um diagnóstico do Brasil sobre
o tema ambiental. "Que o Norte pense
o Sul, que o Sul pense o Nordeste, que a gente
compreenda que o tema ambiental para o Brasil
é estratégico e que nós
não podemos pensar em desenvolvimento
sem pensar também na melhora da qualidade
do nosso planeta e, portanto, da qualidade
ambiental no Brasil", afirmou. "E
ela pautou a importância da construção
do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama),
considerando a sociedade e todos os gestores,
que também são os responsáveis
por construir esse sistema."