04/12/2005 - O engenheiro
agrônomo Roberto Kennedy dos Santos,
diretor de Meio Ambiente da prefeitura de
João Pinheiro (MG), a 420 quilômetros
de Belo Horizonte, viajou para Paulo Afonso,
na Bahia, para participar do 1º Festival
EcoCultural da Revitalização
do São Francisco. Ele foi um dos integrantes
da oficina sobre Agenda 21. "Vim para
aprender como implantar esse processo de planejamento
de um futuro mais sustentável na minha
cidade e conhecer os envolvidos no trabalho.
Volto para casa com a metodologia muito clara
na minha cabeça e pronto para começar
a trabalhar", disse.
A oficina sobre Agenda 21 - programa de ação
aprovado durante a Eco 92 e que tem o objetivo
de viabilizar a adoção do desenvolvimento
sustentável em todo o mundo - foi apenas
uma das diversas ações do 1º
Festival EcoCultural. O evento termina neste
domingo (04) e ocorreu de forma simultânea
em quatro cidades da Bacia: Paulo Afonso (BA),
Delmiro Gouveia (AL), Canindé de São
Francisco (SE) e Piranhas (AL). Coordenado
pelos ministérios do Meio Ambiente
e Cultura, a primeira edição
do festival nasceu com o objetivo de promover
ações de articulação,
mobilização e integração
dos diversos segmentos envolvidos no projeto
de revitalização do São
Francisco.
As oficinas foram um dos principais veículos
para o cumprimento dessa meta. "Foram
espaços importantes de debate entre
o que o governo está fazendo e quais
as demandas da sociedade", afirmou o
secretário de Desenvolvimento Sustentável
do MMA, Gilney Viana. Durante a oficina de
Reforma Agrária e Agricultura Sustentável,
técnicos do MMA realizaram um painel,
em parceria com outras instituições
governamentais, para expor as experiências
e políticas públicas direcionadas
a agricultores familiares e de assentamentos.
"Um dos objetivos foi identificar como
esse público pode se beneficiar de
projetos que façam parte do programa
de revitalização", explicou
a assessora técnica Ivanise Knapp.
"A idéia é também
levar sustentabilidade aos assentamentos já
existentes", completou Gilney Viana.
Na área de educação ambiental,
um dos eventos mais concorridos foi o encontro
de Salas Verdes da Bacia do São Francisco.
Participaram representantes de 10 das 16 salas
existentes na região, além de
pessoas de municípios ainda não
envolvidos com o projeto. "Nosso objetivo
foi divulgar a proposta e estimular a adesão
de novos parceiros", explicou Mariana
Dourado, coordenadora da iniciativa, desenvolvida
pela Diretoria de Educação Ambiental
do MMA.
As Salas Verdes são espaços
dedicados ao delineamento e desenvolvimento
de atividades de caráter educacional
voltada à temática ambiental,
tendo como uma das principais ferramentas
a divulgação e a difusão
de publicações sobre meio ambiente
produzidas ou fornecidas pelo ministério.