08/12/2005 - Resultados
do Programa Piloto para Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil foram apresentados,
nesta quarta-feira (07), em audiência
na Câmara dos Deputados. Para a secretaria
de Coodenação da Amazônia,
do Ministério do Meio Ambiente, Muriel
Saragoussi, que participou da audiência
como expositora, políticas públicas
como os planos Amazônia Sustentável
e de Combate e Controle ao Desmatamento "bebem
na fonte do Programa Piloto, que tem um histórico
de boas experiências".
Entre as ações apresentadas
pela secretária da Amazônia do
MMA, Muriel Saragoussi, estão: iniciativas
promissoras de manejo florestal, capacitação
da população local, melhora
da sustentabilidade dos povos indígenas,
fortalecimento das populações
ribeirinhas nas vázeas na região
central da bacia amazônica, criação
de corredores ecológicos para preservação
da biodiversidade, articulação
institucional das organizações
não-governamentais que atuam na Mata
Atlântica e, ainda, a elaboração
de mapas temáticos das reservas extrativistas.
O conselheiro-chefe do Departamento de Cooperação
Técnica e Financeira da Embaixada da
Alemanha, Rainer Willingshofer, destacou o
saldo positivo do projeto. "Constamos
grandes avanços de planejamento, como
na área de influência da BR-163",
disse. "Estamos incentivando iniciativas
sustentáveis. Já foram investidos
US$ 400 milhões de dólares e,
em 2005/2006, o governo alemão já
disponibilizou 60 milhões de Euros",
afirmou Willingshofer, também membro
do Comitê de Doadores do programa.
Para a presidente do Grupo de Trabalho Amazônico
(GTA), Maria Araújo de Aquino, a importância
do Programa Piloto é medida pela sua
capacidade de trazer a pauta do desenvolvimento
sustentável amazônico para a
sociedade brasileira. "Isso possibilita
a participação concreta dos
atores locais e empodera as comunidades para
atuar na construção de políticas
públicas", ressaltou.
De acordo com a deputada Maria Helena (PSB/RR),
autora do pedido para realização
do debate na Câmara, juntamente com
o MMA, o parlamento deve acompanhar as ações
do governo brasileiro e dos países
doadores.