(01/12/05) - Em uma operação
rotineira de fiscalização, a
equipe da Estação Ecológica
(ESEC) de Maracá-Jipioca, em conjunto
com policiais militares do Batalhão
Ambiental do Amapá, realizou a apreensão
de sete toneladas de pescado e autuou duas
embarcações que praticavam pesca
sem autorização na costa amapaense.
A ação ocorreu
no município de Amapá, distante
320 km da capital e, além da apreensão
de pescado fresco e salgado das espécies
pescada amarela e branca, sarda, tainha, corvina,
entre outras, os técnicos do Ibama
apreenderam 650 metros de rede e autuaram
os proprietários das embarcações
“São Marcos” e “Talismã”, ambas
procedentes do estado do Pará, aplicando
multas no valor total de R$ 1,5 mil pelo exercício
da pesca sem registro de autoridade competente.
De acordo com Zelito Amanajás, chefe
do Escritório Regional (Esreg) do Ibama,
cerca de 90% das embarcações
que são vistoriadas praticando pesca
na costa do município de Amapá
são provenientes do Estado Pará.
Em conjunto com Secretaria
Municipal de Serviço Social, a equipe
do Esreg coordenou a doação
do pescado apreendido, após avaliação
de técnicos da Agência de Vigilância
Agropecuária (DIAGRO) que condenaram
cerca de 500 quilos do pescado salgado, por
apresentar sinais de deteriorização.
Entre as instituições beneficiadas,
estão a unidade hospitalar, creche
e escolas municipais e comunidades dos assentamentos
Piquiá e Cruzeiro, que receberam parte
do produto. O restante foi destinado para
comunitários carentes residentes em
bairros da cidade de Amapá. A doação
foi acompanhada por representantes da Delegacia
da Polícia Civil e Batalhão
Ambiental.
Segundo André Fontany,
chefe da Esec de Maracá-Jipioca, apesar
das embarcações encontrarem-se
na área da unidade de conservação
no momento da abordagem, tudo indica que os
barcos estavam apenas de passagem. “Nessa
época do ano o patrulhamento é
intensificado, já que muitos pescadores
utilizam a ilha como ponto de parada para
aguardar maré”. Em alguns casos, a
visita acarreta prejuízos, quando pescadores
ateiam fogo para facilitar a captura de caça.
Com o período de estiagem, aumentam
as ações de fiscalização
no entorno e na área protegida e, até
o momento, não houve registro de fogo
na unidade, única reserva de proteção
integral totalmente inserida em ambiente de
estuário no estado do Amapá.
Desde agosto deste ano, as ações
de proteção e fiscalização
na área da Estação contam
com apoio de uma parceria celebrada entre
Ibama/AP e a organização ambientalista
Conservação Internacional (CI-Brasil),
com a interveniência da Fundação
Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia
(Fidesa). O acordo viabiliza ainda o desenvolvimento
de pesquisas científicas e projetos
de educação ambiental, além
da aquisição de equipamentos
e materiais para infra-estrutura.