(13/12/05) - A 2ª Conferência
Nacional do Meio Ambiente (CNMA) está
discutindo a participação de
segmentos da sociedade organizada na 8ª
Conferência das Partes da Convenção
sobre Diversidade Biológica (COP8),
que será promovida em março
de 2006, em Curitiba (PR). A CNMA iniciada
no sábado (8), termina na terça-feira
(13), em Brasília.
O assunto foi tratado no
grupo de trabalho “Biodiversidade e Florestas”,
um com maior número de participantes
no evento. Coordenar da Comissão Interministerial
para COP8, Paulo Kageyama informou que governo
vem dando ênfase para a participação
de setores da sociedade organizada no evento.
“Estamos acompanhando e apoiando a preparação
de alguns segmentos tendo o exemplo a capacitação
de comunidades indígenas, quilombolas
e acadêmicas, buscando inserí-los
na participação da COP8, que
será realizado pela primeira vez no
Brasil”, disse. Ele informou ter contatos
com o setor privado e organizações
não governamentais ambientalistas em
busca da participação desses
grupos.
Para o superintendente do
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis)
no Paraná, Marino Gonçalves
é de grande importância a participação
do Paraná nas discussões paralelas
ao encontro. Marino disse que a convocação
para todos participarem da COP8 foi realizada
nas nove conferências regionais e na
plenária estadual, preparatória
para a nacional. “O Paraná é
um dos estados onde as questões ambientais
continuarão aserem debatidas após
a II Conferência Nacional do Meio Ambiente”,
afirmou.
O encontro vai reunir em
Curitiba, delegados governamentais, ministros
de Estado, autoridades dos países partes
da Convenção sobre Diversidade
Biológica e do Protocolo de Cartagena
sobre Biossegurança, delegados de países
observadores, representantes de organismos
intergovernamentais, de organizações
não governamentais, além de
funcionários do secretariado da Convenção
sobre Diversidade Biológica.
Floresta com Araucárias
O secretário de Biodiversidade
e Florestas do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), João Paulo Campobianco informou
que a criação das Unidades de
Conservação (UCs) no Paraná
protegendo a Floresta com Araucárias
só depende da decisão da Justiça.
“Existe uma liminar suspendendo a criação
e estamos aguardando a queda para poder de
fato criar”, disse.
Duas das oito UCs propostas
pelo Ministério do Meio Ambiente foram
criadas recentemente:. O Parque Nacional das
Araucárias, em Ponte Serrada e Passos
Maia, com 12.841 hectares e a Estação
Ecológica da Mata Preta, em Abelardo
Luz, com 6.563 hectares, ambas em Santa Catarina.
As unidades propostas no
Paraná são o Parque Nacional
dos Campos Gerais (23.000 ha), Reserva Biológica
das Araucárias (16.078 ha), Refúgio
da Vida Silvestre do Rio Tibagi (31.698 ha),
Reserva Biológica das Perobas (11.000
ha) e Refúgio de Vida Silvestre dos
Campos de Palmas (16.445 ha).