12/12/2005 - Com cerca
de 1.200 inscritos e mais de 250 trabalhos
a serem apresentados, está começando
na manhã de hoje (12), o 1º Congresso
Internacional Piatam (Potenciais Impactos
e Riscos Ambientais da Indústria do
Petróleo e Gás na Amazônia).
O encontro, que reúne
pesquisadores e cientistas de várias
partes do país e de universidades norte-americanas,
tem o objetivo de debater temas pertinentes
ao meio ambiente amazônico, à
população da área e aos
efeitos das ações decorrentes
da exploração e transporte de
petróleo e gás natural na região.
Com o tema "Ambiente,
Homem, Gás e Petróleo",
o congresso se realiza no Centro de Convenções
do Studio 50, onde até a próxima
quinta-feira se pretende discutir os avanços
científicos obtidos pelas mais de 300
pessoas envolvidos no Programa Piatam e em
suas ramificações: o Pitam Mar,
destinado a estudar a área costeira
da região amazônica, e o Cognitus,
que propõe uma nova forma de abordagem
científica para o entendimento dos
ecossistemas amazônicos. O Cognitus
utiliza robôs do Centro de Pesquisas
e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).
Para a presidente do Comitê
Científico do Programa Piatam, Vera
Maria de Almeida, o congresso representa "uma
nova oportunidade de interação,
agrupando apresentações de estudos
em torno de um tema comum". Ela revelou
que, desde que o comitê foi criado se
detectou a necessidade de expor mais os resultados
das pesquisas nas diversas áreas do
programa. "A expectativa é que
se consiga estabelecer novas cooperações
e discussões a partir de debates de
cada tema abordado". Para ela, há
ainda a possibilidade concreta de restabelecer
rumos de algumas linhas de pesquisas, tendo
como base por integrantes de outros projetos.
O Programa Piatam (palavra
indígena que vem do Tupi pyatã
– aquele que é bravo, forte, guerreiro,
rijo e vigoroso) foi criado em 2000 como um
projeto da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam). Desde a sua primeira fase o projeto
tem financiamento do Fundo Setorial de Petróleo
e Gás Natural – CT Petro e é
gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep).
Desde 2002, o programa conta
também com recursos da Petrobras, o
que permitiu, na avaliação dos
coordenadores, a expansão e transformação
em um programa sistemático e de longo
prazo.