(21/12/05) - O Centro de
Triagem de Animais Silvestres (CETAS) ligado
à gerência do Ibama em São
Luís apresentou o relatório
de suas atividades no ano de 2005 contabilizando
o registro de entrada de 651 animais, na sua
maioria aves (348, o que representa 55,2%
do total), em seguida aparecem os mamíferos
(155) e os répteis (148).
Quem visita as instalações
localizadas no Horto Florestal próximo
à Universidade Estadual do Maranhão
tem a impressão de estar em um pequeno
jardim zoológico rotativo. O campeão
de ocorrências é o papagaio verdadeiro,
sinal de que muitas pessoas ainda vêem
erroneamente a “ave verde falante” como bichinho
de estimação e alimentam o tráfico
de animais silvestres comprando-os em viveiros
ou feiras livres.
Do total de espécimes
recolhidos no CETAS, apenas 35 morreram dentro
do centro em virtude de doença para
a qual o instituto não tinha equipamentos
e medicamentos adequados para o tratamento,
acidente interno ou erro no manejo, outros
27 morreram por causa de traumas graves que
provocaram o óbito antes ou pouco depois
da chegada para atendimento com os veterinários
do órgão.
O Núcleo de Fauna
do Ibama destaca o fato de que a maioria dos
animais foi encaminhada para soltura ou para
criadouros credenciados. O índice de
fugas caiu para 17 (apenas 2,62%), o campeão
de escapadas foi o macaco-prego (quatro fugiram).
A maior parte das solturas foi feita dentro
do Sítio Aguahi da Merck, em São
José de Ribamar, e no próprio
Horto Florestal do Ibama.
Graças ao trabalho
de sensibilização ambiental
feito junto à população,
aumentou o número de ocorrências
de entregas espontâneas de animais aos
técnicos do CETAS, procedência
que fica atrás apenas do total de resgates
feitos pelo Corpo de Bombeiros. Em seguida
vêm os bichos resgatados pelo próprio
CETAS. As operações de fiscalização
do Ibama encaminharam ao centro 43 ocorrências
de animais apreendidos, o Batalhão
Ambiental entregou 31 e a Polícia Rodoviária
Federal seis apreensões.
O macaco-prego e o bicho-preguiça-de-bentinho
lideram o ranking de entradas de mamíferos
no CETAS, com 34 e 22 exemplares respectivamente.
Dentre os répteis os mais comuns são
a jibóia e a jurará, com 43
e 39 recolhimentos respectivamente. Depois
dos papagaios, as maiores incidências
de aves são de bigodinhos, pássaros-pretos
e xexéus. Entre espécies mais
raras que passaram pelo CETAS/MA podem ser
mencionadas a ararajuba, típica da
Reserva Biológica do Gurupi (MA), a
coruja-orelhuda, o jacu-preto, o falcão-peregrino,
tamanduá-mirim, sagüis, um furão,
uma jaguatirica, uma tartaruga-verde, duas
tartarugas de couro e duas tartarugas da Amazônia.
Neste mês de dezembro a incidência
maior foi de aves marianinhas.