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DOIS A CADA TRÊS ÍNDIOS ASSASSINADOS NO PAÍS SÃO DE MS, DIZ BALANÇO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2005

19/12/2005 – Balanço anual do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo indica que, em 2005, 36 índios foram assassinados no Brasil, principalmente em disputas por terras com fazendeiros. Dessas mortes, 24 aconteceram no Mato Grosso do Sul. O balanço também aponta que, de 61 tentativas de assassinato , 24 aconteceram no estado.

Hoje (19), durante a apresentação do balanço, lideranças dos Guarani-Kaiowá de Mato Grosso do Sul estiveram presentes para denunciar a situação vivida na área indígena Nhande Ru Marangatu, em Antônio João (430 km a sudoeste de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai). O conflito na área é considerado um exemplo atual da situação vivida no estado.

Cerca de 200 famílias desse grupo, aproximadamente 900 pessoas, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), estão morando à margem da estrada MS 384 há quase uma semana. Os índios estão alojados na estrada porque foram obrigados a sair de Nhande Ru Marangatu, após liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve suspensa a homologação da área indígena e resultou em ordem de reintegração das terras aos fazendeiros.

O índio Eugênio Morales, morador de Nhande Ru Marangatu, afirmou que pretende se encontrar com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) para questionar a decisão do STF e pedir ajuda aos índios que estão à beira da MS 384. "Nós queremos perguntar para o mundo onde estão nossos direitos e até quando isso pode acontecer com os índios no Brasil".

Para a índia Léia Aquino Pedro, que também é uma das lideranças de Nhande Ru Marangatu, a expulsão dos índios foi um ato de violência em relação aos direitos dos índios. "O que eles fizeram com a gente foi uma violência muito grande. Mandaram policiais com cachorros, com várias armas, todas que eles têm e com a gente lá sem ter arma nenhuma", relatou.

Léia contou que os índios estão morando em situação precária e em barracos improvisados. "Os barracos a gente está conseguindo aos poucos. Nós vivemos sempre na aldeia e estar na beirada da estrada é um sofrimento muito grande, principalmente para as crianças. Agora, a gente não tem o que fazer, nem trabalhar e procurar alimentos."

O balanço apresentado hoje pelo fórum também aponta diminuição no número de homologação de terras indígenas este ano. Em 2004, foram feitas 25 homologações. Em 2005, foram 8, segundo o balanço.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
(Ivan Richard)

 
 
 
 
 
 

 

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