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FISCALIZAÇÃO FAZ DESMATAMENTO CAIR NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2005

(19/12/05) - O diretor de Assuntos Estratégicos do Ibama, Luiz Fernando Merico, disse hoje que as operações de combate ao corte ilegal de árvores nativas na Amazônia contribuíram para a queda de 31% na taxa de desmatamento deste ano. As operações, realizadas em parceria com a Polícia Federal, desmontaram esquemas de fraudes de Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPF) e levaram para a cadeia 271 pessoas (63 servidores públicos e 178 empresários madeireiros, despachantes, contadores e gráficos).

Segundo Merico, a fiscalização da Amazônia é um desafio de grandes proporções e, por isso, precisa constantemente de aperfeiçoamentos, além do envolvimento das três esferas de governo no Sistema Nacional de Meio Ambiente. “Embora recentemente o Ibama tenha feito concurso para admissão de 915 novos servidores, é impossível manter um fiscal do órgão em cada quilômetro quadrado”, afirmou o diretor. “Sendo assim, precisamos do envolvimento de toda administração pública nos municípios, estados e também da articulação dos vários setores do governo federal, além, claro, da sociedade”, afirmou.

O Ibama inaugurará no próximo semestre um moderno sistema de monitoramento de transporte de madeira em substituição à atual ATPF. O novo sistema será acessado via internet e dificultará a prática da corrupção. “Já enfrentamos hoje com sucesso casos de falsificações de ATPFs. Graças também a isso, fizemos o desmatamento cair 31% no último ano. Agora, queremos eliminar de vez casos de falsificações das autorizações”, afirmou Merico. Segundo ele, a meta é fechar o cerco às irregularidades no setor a partir da extração da madeira.

Em entrevista na manhã de hoje, Merico informou que a direção do Ibama pedirá que a Polícia Federal investigue denúncia veiculada no Programa Fantástico, da TV Globo, com denúncias de corte e transporte ilegal de madeira na Amazônia, além de falsificação de ATPFs. “Anotamos o nome de todos os envolvidos citados na matéria e das localidades e vamos apurar o crime com o rigor habitual”, disse o diretor, ressaltando ainda que o combate ao desmatamento ilegal é uma ação prioritária do governo que já apresenta resultados.

Queda – O taxa atual de desmatamento mostra que, além de conter o avanço da extração ilegal, pela primeira vez em nove anos o abate retrocedeu. Foram 8.300 quilômetros quadrados a menos, uma área equivalente a mais de um terço de Sergipe. Pelas contas do Ibama, foram poupados das motosserras 207.050 mil metros cúbicos de madeira em tora, apreendidos outros 271 mil metros cúbicos, que resultaram em uma economia de R$ 463 milhões. Desde 2003, foram apreendidos 582 mil metros cúbicos de madeira; o Ibama lavrou R$ 1,8 bilhão em multas e 271 pessoas foram detidas.

O Ibama cortou na própria carne, prendendo servidores do Ibama envolvidos. O governo confiscou 26 tratores, 54 caminhões e 459 motosserras, recadastrou imóveis rurais. Simultaneamente, o governo criou novas Áreas de Limitação Administrativa Provisória, inclusive em torno da BR-163 (rodovia Cuiabá-Santarém), onde está suspensa, em 8,2 milhões de hectares, qualquer nova ocupação e atividade que implique desmatamentos.

O Ibama criou 8 milhões de hectares em Unidades de Conservação, homologou mais de 9 milhões de hectares de terras indígenas em áreas de conflito social e agrário, enfrentando grileiros. O governo deu resposta firme aos conflitos, restabelecendo a ordem no campo e reduzindo significativamente a grilagem de terras públicas na Amazônia.

Em 64 operações de baixo custo e longa duração, como Caipora, Uiraçu e Pica-pau, houve a participação 580 fiscais do Ibama, agentes da Polícia Federal, soldados do Exército, policiais da Polícia Rodoviária Federal e das Polícias Militares Estaduais. A fiscalização entrou na mata em março e só saiu em novembro.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Rubens Amador)

 
 
 
 
 
 

 

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