05/01/2006
– Em dezembro de 2005, a ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, assinou um ato para a constituição
do Conselho Gestor da Reserva da Biosfera do Pantanal,
cujo objetivo é elaborar e monitorar o plano
de ação da reserva. O documento foi
assinado na abertura da 2ª Conferência
Nacional do Meio Ambiente, ocorrida naquele mês
em Brasília.
Com características próprias
e espécies não encontradas em outros
locais do Brasil, o Pantanal foi considerado Reserva
da Biosfera Mundial pela Organização
das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (Unesco) em 2000.
No mesmo ano, foi considerado,
também pela Unesco, como Patrimônio
Natural da Humanidade. A concessão dos títulos
foi dada em um momento crítico, quando diversos
fatores ameaçavam a estabilidade do ecossistema,
que possui maior planície alagada do planeta.
As reservas da biosfera mundial,
segundo o Ministério do Meio Ambiente, são
escolhidas com base na capacidade de elas conciliarem
a conservação da biodiversidade e
a utilização econômica desses
recursos com a promoção do desenvolvimento
sustentável.
Elas são indicadas pelos
Estados-Membros da Unesco, dentre eles, o Brasil,
após um processo de consulta e coordenação
com agências governamentais, comunidades locais,
organizações não-governamentais
e iniciativa privada. E permanecem sob a jurisdição
soberana de seus países.
No mesmo ano em que o Pantanal
tornou-se Reserva da Biosfera, a Unesco designou
o mesmo título a outros 20 novos sítios,
em 15 países. A primeira reserva da biosfera
brasileira é a mata atlântica, um dos
ecossistemas mais ameaçados do planeta.
O título concedido pela
Unesco, de Patrimônio Natural da Humanidade,
há cinco anos, também fez abrir novas
perspectivas para o Pantanal. A atribuição
do título foi importante para estimular a
preservação da região e facilitar
o acesso a linhas de crédito oferecidas por
programas internacionais.