03/01/2006 - O Departamento
de Recursos Hídricos (DRH) da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente (Sema) realizou reunião
na manhã desta terça-feira (03) para
tratar da utilização racional do manancial
do arroio Águas Claras, em Viamão.
Participaram o diretor do DRH, Rogério Dewes,
representantes do INCRA, do Instituto de Pesquisas
Hidráulicas (IPH) da UFRGS, do setor de irrigação
da Fepam e do Departamento de Florestas e Áreas
Protegidas (Defap) da secretaria.
Na última semana foi constatado
um desvio do arroio Águas Claras para dentro
da barragem existente no assentamento Filhos de
Sepé, no entorno do Refúgio de Vida
Silvestre Banhado dos Pachecos. A barragem está
regularizada pelo DRH, mas a retirada de água
para irrigação depende de outorga
do mesmo órgão, cujo processo foi
protocolado em outubro para 1.600 hectares de lavoura
de arroz. “A quase totalidade de água do
arroio está sendo conduzida para a barragem
e o que sobra ainda é utilizado em uma lavoura”,
disse Rogério Dewes. Ele acrescenta que,
embora o INCRA afirme que toda a água que
é derivada para dentro da barragem acabe
chegando ao rio Gravataí, é necessário
garantir que isso efetivamente aconteça.
Portanto, na reunião ficou
decidido que até a próxima quinta-feira
(5), o INCRA terá que apresentar ao DRH/Sema
uma proposta técnica para execução
de obra que permita conduzir as águas do
arroio Águas Claras até o arroio Alexandrina,
que é afluente do rio Gravataí. “Acredito
que após a proposta, o trabalho seja executado
em cinco dias”, prevê Dewes. Ele ainda declarou
que uma parte do arroio Águas Claras continuará
entrando no açude para manter o banhado abrigado
pelo Refúgio de Vida Silvestre.
Dewes ainda afirma que a obra
a ser executada não vai alterar as condições
de atendimento de água no assentamento do
INCRA, pois o abastecimento é feito pela
barragem.
Hoje a situação
do nível do rio Gravataí junto ao
ponto de captação em Alvorada é
de 75 cm. Segundo Dewes, chegando em 50cm será
necessário cessar qualquer bombeamento. “A
situação é preocupante, portanto
o racionamento é a melhor conduta”, alerta
Dewes.