13/01/2006
– O diretor-executivo da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Forte,
avalia como "lamentável" a situação
dos índios guarani-kaiowá, do Mato
Grosso do Sul. Despejados há um mês,
os indígenas estão desabrigados, vivendo
na beira da estrada – que liga as cidade de Antonio
João e Bela Vista.
"A tarefa de demarcação
de terras não é nossa, é da
Funai. É lamentável que aqueles que
foram nossos preceptores sejam jogados, despejados
a beira de uma estrada, de forma desumana",
afirma.
Segundo Forte, a função
da Funasa, responsável por garantir a saúde
indígena, seria a de fazer um acompanhamento
preventivo. Mas, devido a situação
em que se encontram as famílias, a fundação
tem sua atuação limitada. "A
gente tem procurado suprir a nossa tarefa institucional.
Mas é claro que deixa muito a desejar",
avalia.
De acordo com o diretor-executivo,
a Funasa está fornecendo cestas básicas
e água e deslocou uma equipe médica
até o local. Após o despejo, uma criança
indígena morreu e outras 15 estão
em estado de desnutrição.