Durante a quarta-feira (18/01),
para verificar a extensão dos danos
ambientais, foram colhidas amostras de água
em vários pontos de corpos d'água
atingidos. O odor de combustível, que
era bem perceptível ao longo desses
corpos d´água, na parte da manhã
e início da tarde, havia diminuído
no início da noite de ontem, devido
à evaporação e dispersão
do produto. A estimativa é de que 17
mil litros vazaram, parte infiltrando-se no
solo e um grande volume tendo atingindo o
ribeirão da Boa Vista, que é
tributário do rio da Prata, afluente
do rio Preto Grande, que deságua no
Sapucaí-Mirim. A transportadora, que
tem escritório em São José
dos Campos, é a Tropical Transportes
Ipiranga Ltda.
O acidente e as
ações emergenciais
O veículo da transportadora
havia sido carregado em São José
dos Campos, na base da Shell, e se dirigia
à Itajubá, em Minas, e transportava
20 mil litros de diesel e gasolina, no momento
do acidente, às 4h30 do dia 18, na
SP-46, km 157,5, Bairro Boa Vista. Essa estrada
liga Santo Antonio do Pinhal a São
Bento do Sapucaí e sul do Estado de
Minas Gerais.
A SOS COTEC, empresa especializada
em atendimento de emergências químicas,
colocou barreiras absorventes no ribeirão,
inicialmente atingido, para recuperar parte
do produto. A Tropical Transportes também
manteve no local outros veículos e
máquinas, para operação
de resgate do veículo acidentado, transbordo
do restante da carga que não vazou,
cerca de 3 mil litros e remediação
da área. Mais de sete toneladas de
solo, impregnado com os combustíveis,
foi removido do local do acidente, acondicionado
em "big-bags" e transportado para
armazenamento temporário, aguardando
definição de disposição
final adequada.
Na vistoria e acompanhamento
dos trabalhos de remediação
da área, realizados hoje, quinta-feira,
não se constatou a ocorrência
de mortandade de peixes e não são
mais perceptíveis os odores de combustíveis,
nos corpos d'agua afetados.