18/01/2006 - A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, abriu nessa
quarta-feira (18) a primeira reunião
do Grupo de Trabalho Interministerial de Mobilização
e Comunicação, encarregada de
estabelecer a estratégia de comunicação
da 8ª Conferência das Partes da
Diversidade Biológica (COP8) e da 3ª
Reunião das Partes do Protocolo de
Cartagena de Biossegurança (MOP3).As
duas reuniões acontecerão em
março próximo, em Curitiba (PR).
"Nossa missão é fazer com
que a realização da COP não
seja no Brasil, mas seja também do
Brasil. Para isso vamos precisar de uma grande
mobilização", destacou
Marina Silva.
O objetivo do GT é envolver diversos
segmentos de governo, sociedade civil, comunidade
científica e formadores de opinião
no trabalho destinado a dar visibilidade às
questões que serão tratadas
nos dois eventos.
A Convenção da Diversidade Biológica
foi aprovada em 1992 durante a Rio-92 e entrou
em vigor no ano seguinte. Desde então,
a cada dois anos são realizadas conferências
para viabilizar sua implementação.
Depois de treze anos, a Convenção
volta ao Brasil pela primeira vez. Para a
ministra Marina Silva, este é um momento
especial. "Agora somos agentes de um
processo novo que se iniciou no Brasil e que
pode ter uma segunda fase de avivamento a
partir da reunião de Curitiba",
destacou.
A ministra explicou também que a convenção
objetiva proteger todas as formas de vida
existentes no planeta.Disse que, apesar de
todos os esforços , há registro
de grande perda de biodiversidade nos últimos
cinquenta anos . "Os países membros
têm o compromisso de reduzir a perda
de biodiversidade até 2010",esclareceu.
O Secretário de Biodiversidade e Florestas
do Ministério do Meio Ambiente e também
secretário-executivo da COP-8, João
Paulo Capobianco, destacou os três objetivos
da Convenção: conservação
da biodiversidade, seu uso sustentável
e a repartição justa e eqüitativa
dos benefícios resultantes do acesso
aos recursos genéticos. "Nesta
COP vamos dar mais destaque aos dois últimos
objetivos, que são menos lembrados
e discutidos, mas são de extrema importância.",
concluiu.