20/01/2006
- A criação da fábrica
de enriquecimento de urânio pela Indústrias
Nucleares do Brasil vem sendo criticada por
uma das principais organizações
não-governamentais de proteção
ao meio ambiente, o Greenpeace. Por meio da
nova usina, o Brasil não dependerá
mais de outros países para produzir
o conbustível nuclear que abastece
as usinas Angra I e Angra II. No entanto,
para o coordenador da Campanha de Energia
Nuclear do Greenpeace, Guilherme Leonardi,
o investimento é, na verdade, um retrocesso.
Leonardi lamentou que o
Brasil esteja empenhado no domínio
da tecnologia de enriquecimento de urânio
quando, segundo ele, vários países
estejam abandonando esse tipo de produção
de energia. Ele discorda da afirmação
de especialistas de que a energia nuclear
é uma energia limpa e, por isso, os
investimento são válidos.
"Ao contrário,
é uma energia suja porque, necessariamente,
vai produzir lixo radioativo e, além
disso, é perigosa, porque pode provocar
um acidente em qualquer momento do processamento
do ciclo do combustível nuclear, ou
na geração de energia ou, ainda,
na disposição dos resíduos",
acredita o coordenador do Greenpeace.
De acordo com ele, a maioria
dos países que possuem geração
de energia à base de usinas nucleares
está repensando o assunto e já
se nota uma tendência de diminuir e
até de cessar a construção
de novas unidades, o que deveria ser feito
pelo Brasil.
Pelos cálculo
dos Greenpeace, o Brasil gastou R$ 6 bilhões
para construir a Usina Nuclear Angra I. Para
a Angra II, foram outros R$ 14 bilhões.
A usina Angra III, para ser finalizada, necessitaria
de mais R$ 7 bilhões para terminar
a construção.