16/01/2006
- No 6º Fórum Social Mundial,
que será realizado no final do mês,
em Caracas, na Venezuela, o representantes
do governo brasileiro devem buscar a ampliação
dos debates sobre questões ligadas
ao combate à fome e à miséria
mundial, ao meio ambiente e à reforma
agrária. Esses são pontos destacados
como ações prioritárias
do governo Lula e de interesse dos movimentos
sociais, segundo o ministro-chefe da Secretaria-Geral
da Presidência da República,
Luiz Dulci.
"Vamos participar deste
fórum com o espírito de contribuir
para o movimento social e aprender com os
participantes", afirma em entrevista
à Radiobrás. A sexta edição
do Fórum Social Mundial será
policêntrica, ou seja, ocorrerá
de forma descentralizada, em diferentes lugares
do mundo: África, América do
Sul e Ásia. O encontro na África
será em Bamako, capital do Mali, entre
os dias 19 e 23 de janeiro. Na seqüência,
o fórum será em Caracas, de
24 a 29 de janeiro. Já o evento asiático,
que será em Karachi, no Paquistão,
estava previsto para as mesmas datas de Caracas,
mas foi adiado por dois meses.
Na avaliação
do ministro, foi justa esta descentralização
para tornar o processo mais participativo
e democrático. Assim, segundo o ministro,
há mais chances de os representantes
dos movimentos sociais participarem do encontro.
Dulci acrescentou que daqui para frente a
idéia da organização
da Fórum é adotar os dois modelos.
Em Caracas, por estar na
América do Sul, a delegação
brasileira estará presente em numero
maior. Devem comparecer, além do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro
do Desenvolvimento Agrário, Miguel
Rosseto. Na África, quem vai representar
o governo brasileiro será a ministra
da Secretaria Especial para Políticas
de Promoção da Igualdade Racial,
Matilde Ribeiro. Na Ásia, certamente
o governo brasileiro também estará
representado, adiantou Luiz Dulci.
O Fórum Social Mundial,
realizado anualmente desde 2001, é
o principal encontro organizado pela sociedade
civil para discutir a luta pela democratização
da política e da economia. Ele ocorre
sempre em janeiro, na mesma data em que, na
Suíça, ocorre o Fórum
Econômico Mundial de Davos. Por isso,
nos primeiros anos, ele ficou conhecido como
anti-Davos.
O Fórum
é resultado da articulação
de organizações da sociedade
civil e movimentos sociais de todo o planeta.
Quatro de suas cinco primeiras edições
ocorreram no Brasil, em Porto Alegre. Em 2004,
o encontro foi realizado em Mumbai, na Índia.
Esta foi a única edição
que o presidente Lula não compareceu.