17/01/2006 – A perda da
variedade de vida na Terra, nos últimos
50 anos, atingiu uma taxa cem vezes maior
que a perda de diversidade biológica
que ocorre naturalmente ao longo do tempo.
Essa é a conclusão preliminar
de um estudo realizado por mais de 1,3 mil
pesquisadores de 95 países e encomendado
pelo secretariado da Convenção
sobre Diversidade Biológica (CDB).
A pesquisa deverá servir como referência
para os países que concordaram em reduzir
as taxas de perda de biodiversidade até
2010.
O cumprimento de metas como
essa e outros temas serão discutidos,
em março, em Curitiba em dois encontros
relativos à Convenção,
a 8ª Reunião da Conferência
das Partes da CDB e a 3ª Reunião
das Partes do Protocolo de Cartagena de Biossegurança.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
recebeu hoje (17) o secretário-executivo
da Convenção, o argelino Ahmed
Djoghlaf, para tratar dos preparativos das
duas reuniões.
Documento que nasceu a partir
da preocupação com as conseqüências
da perda de biodiversidade, a Convenção
entrou em vigor em 2003 e hoje tem a adesão
de 188 países. O Protocolo de Cartagena
é o tratado internacional que regulamenta
o trânsito de organismos vivos modificados
no mundo e foi adotado pela conferência
das partes da CDB em 2002 para proteger o
meio ambiente e a saúde humana dos
possíveis danos que o transporte de
transgênicos entre os países
pode acarretar.
Mais de cem ministros de
Meio Ambiente confirmaram presença
na 8ª Reunião das Partes, que
vai de 20 a 31 de março. A reunião
do Protocolo de Biossegurança vai de
13 a 17 do mesmo mês. Segundo a ministra,
um dos pontos em discussão com o secretariado
da CDB é o convite de chefes de estado,
para fortalecer o papel político da
conferência. "Ainda é uma
possibilidade. Afinal, os ministros são
a representação política
dos países, mas a presença de
chefes de estado poderia reforçar a
importância do encontro", explicou
Marina Silva.