21/01/2005 - Em solenidade realizada na quarta-feira,
dia 25, Apucarana tornou-se o 27° município
brasileiro e o primeiro do Paraná a aderir
ao programa Cidade Amiga da Amazônia,
do Greenpeace. O prefeito Valter Pegorer (PMDB),
a representante do Greenpeace, Adriana Imparato,
e a representante do Gaia, Joana Yoshida, assinaram
o termo “Compromisso pelo Futuro da Floresta”
no Salão Nobre da Prefeitura. O objetivo
do programa é fazer com que as prefeituras
brasileiras implementem leis para evitar o consumo
de madeira amazônica proveniente de desmatamentos
e extração ilegal nas licitações.
“Apucarana é
a primeira cidade paranaense que toma
medidas concretas para promover o desenvolvimento
sustentável da Amazônia”,
comemorou Adriana Imparato, representante
do programa Cidade Amiga da Amazônia
do Greenpeace. Segundo ela, ao adotar
critérios para a compra de madeira
nas licitações promovidas
pela prefeitura, Apucarana está
ajudando a fechar o mercado para quem
trabalha com madeira de origem criminosa.
“Transformar Apucarana em Cidade Amiga
da Amazônia não é
um simples compromisso, mas uma medida
definitiva que muito nos honra”, afirmou
o prefeito. |
A indústria madeireira
é uma das principais forças de
destruição da Amazônia.
Cerca de 70% da madeira produzida na região
é consumida pelo mercado brasileiro e
as prefeituras empregam grande volume em obras
públicas e mobiliário. No ano
passado, o governo federal divulgou que 26.130
quilômetros quadrados de floresta amazônica
foram destruídos entre agosto de 2003
e agosto de 2004, o equivalente a seis campos
de futebol desmatados por minuto.
Ao aderirem ao programa
do Greenpeace, as prefeituras contribuem de
maneira concreta para reduzir a destruição
criminosa da floresta. Para tornar-se uma
Cidade Amiga da Amazônia, as administrações
devem formular leis municipais que exijam
quatro critérios básicos em
qualquer compra ou contratação
de serviço que utilize madeira produzida
na Amazônia: proibir o consumo de mogno,
uma espécie ameaçada; exigir,
como parte dos processos de licitação,
provas da origem legal e em Planos de Manejo
Florestal da madeira; dar preferência
à madeira certificada pelo FSC, um
sistema que garante a origem sustentável
do produto florestal; e orientar construtores
e empreiteiros a substituir madeiras descartáveis
utilizadas em tapumes, fôrmas de concreto
e andaimes por alternativas reutilizáveis
como ferro ou chapas de madeira resinada.
Outros 26 municípios
já participam do programa do Greenpeace,
entre eles São Paulo (SP), Manaus (AM),
as cidades paulistas de Piracicaba, Santos,
Guarulhos, Osasco, Americana, Campinas e as
gaúchas de São Leopoldo, Santa
Maria e Rio Grande, entre outros.
|