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ESTUDO MOSTRA REDUÇÃO DE CARDUMES E REPOVOAMENTO DO TAQUARI

Panorama Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Janeiro de 2006

31/01/2006 – Estudo feito por técnicos da Sema (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) durante o período de piracema 2005/06 atestam a redução nos estoques pesqueiros nos rios de Mato Grosso do Sul, mas traz um dado animador: os peixes estão voltando ao rio Taquari, o mais emblemático curso d’água do Estado que agoniza há anos vítima do assoreamento e de onde os cardumes haviam desaparecido há mais de uma década.

Os dados do monitoramento dos recursos pesqueiros foram apresentados hoje pela manhã, em entrevista coletiva na Sema, pelo secretário José Elias Moreira e o superintendente de Pesca, Thomaz Lipparelli. Os técnicos trabalharam durante 168 dias, coletando amostras de pacu, curimbatá, dourado e pintado dos rios Miranda, Aquidauana e Taquari, avaliando o processo reprodutivo das espécies.

A conclusão é de que as espécies cumpriram a atividade reprodutiva no período estimado, não sofrendo influências que pudessem comprometer o processo, nem por parte de alterações climáticas (estiagem que perdurou até início de novembro), nem pela ocorrência de acidente ambiental. A reprodução foi satisfatória, com início de maturação da desova em setembro para o curimbatá, outubro para as demais espécies, e pico entre novembro e dezembro.

Produtividade – Com relação à produtividade, o estudo mostra que continua em queda o volume dos recursos pesqueiros do Estado. Dados apresentados pelo superintendente de Pesca mostram que em 1981, a média de captura por dia no rio Miranda era de 222 quilos de peixes por pescador; em 2004 caiu para 7,21 quilos e no ano passado baixou ainda mais, para 6,6 quilos.

Diversos fatores exercem pressão sobre os cardumes, argumentou Thomaz, enfatizando que a pesca predatória e a atividade para fins comerciais se destacam. Esses números reforçam a proposta de moratória à pesca profissional apresentada pelos governo de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso, frisou o secretário José Elias Moreira. “Ou a gente dá uma trégua para a natureza se recompor, ou logo não haverá mais peixes, aí a pesca se acaba obrigatoriamente.”

Taquari – A novidade animadora desse monitoramento foi o retorno dos peixes ao rio Taquari, citou Lipparelli. Há quinze anos não era capturada quantidade significativa no local, durante os trabalhos de monitoramento, o que levava a concluir que a vida aquática estava ameaçada no rio. A equipe esteve no Taquari na primeira semana de outubro: em quatro dias foram capturados 43 curimbatás, 8 piraputangas, 6 dourados, 4 pacus, 3 pintados, 2 cacharas e 1 jaú.

“A diversidade de espécies e a quantidade capturada nos possibilitam dizer que há fortes indícios da recuperação produtiva pesqueira no rio Taquari. Mas só depois de um ano será possível ter essa certeza”, observou Lipparelli. A Sema fará, a partir do fim da piracema, em março, um trabalho sistemático de monitoramento dos estoques pesqueiros do rio, anunciou.

A revitalização do rio já é resultado dos esforços do governo do Estado e da sociedade em geral no sentido de recuperar o Taquari, observou o secretário José Elias Moreira. Medidas como a preservação das cabeceiras, com a constituição do Parque Estadual das Nacentes do Rio Taquari, a recomposição das matas ciliares – que já começou sob fiscalização do Estado – e até mesmo a correta destinação dos dejetos suínos das granjas da região são alentos para a vida aquática, que responde de imediato, apontou Moreira.

Durante o trabalho de monitoramento – que começou em setembro do ano passado e se estende até fim de fevereiro – os técnicos da Sema constataram a prática da pesca predatória nos três rios (Aquidauana, Miranda e Taquari), apesar da pressão e do rigor da fiscalização da Polícia Militar Ambiental.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)

 
 
 
 
 
 

 

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