Panorama
 
 
 
 

FUNAI E AGU PEDEM QUE AÇÃO CONTRA RAPOSA SEJA JULGADA PELO STF

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2006

31/01/2006 - A secretária-geral de Contencioso da Advocacia-Geral da União (AGU), Maria Aparecida de Siqueira, reforçará hoje (01/02) a solicitação apresentada pela Funai (Fundação Nacional do Índio) e pela AGU ao ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a liminar de reintegração de posse da Fazenda Viseu, localizada na terra indígena Raposa Serra do Sol (RR). Em dezembro, o juiz Hélder Girão Barreto, da 1ª Vara Federal de Roraima, concedeu liminar de reintegração de posse da fazenda aos proprietários da empresa Itikawa Indústria e Comércio Ltda.

Na reunião, será solicitada a apreciação, em caráter de urgência, de petição da União e da Funai de estender a liminar que passa o julgamento de todas as ações de reintegração de posse da terra indígena Raposa Serra do Sol para competência do STF, tomada pelo ministro Carlos Britto na ação nº 2115. A iniciativa segue orientação da procuradoria jurídica da Funai. Ambas as instituições, Funai e AGU, são simultaneamente partes na ação. A primeira defende os interesses dos povos indígenas de Raposa Serra do Sol e a outra, os interesses da União.

Segundo informações do procurador-federal da AGU que atua na Funai em Brasília, Danilo Lacerda, essa decisão na ação nº 2115 está em vigor há mais de um ano. E a ação que pede a reintegração da Fazenda Viseu também deveria estar inclusa nela. Mas ainda não se sabe exatamente o motivo pelo qual o processo ficou fora da liminar que concede competência de julgamento ao STF.

"Esta é a única ação de reintegração de posse da Raposa Serra do Sol que a liminar dada no STF não abrangeu. A gente ainda não sabe por qual motivo isso aconteceu. Talvez tenha sido até por algum erro na hora de colocar o número da ação ou alguma coisa desse tipo. Nós, da Advocacia-Geral da União, entramos, em setembro de 2005, com o pedido no STF para que essa ação fosse inclusa. Mas, como o volume de trabalho no STF de lá é grande, ela acabou não sendo decidida. Agora que saiu essa reintegração, a urgência para que a ação seja inserida nessa extensão é maior", explica Lacerda.

A terra indígena Raposa Serra do Sol, localizada em Roraima, na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, foi homologada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 15 de abril de 2005, depois de quase 30 anos de luta e muita discussão. Numa área de cerca de 1,747 milhão de hectares vivem aproximadamente 15 mil indígenas de cinco etnias: Makuxi, Taurepang, Wapixana, Ingarikó e Patamona.

A homologação da terra foi feita em área contínua. Ou seja: sem fragmentação do território, exceto nos espaços militares de fronteira, de instalações públicas federais e estaduais e de linhas de instalação elétrica. A partir da data de homologação, fazendeiros e empresários que vivem na região teriam até um ano para deixar a terra indígena. Na região da Fazenda Viseu vivem os índios de uma das aldeias da etnia Makuxi.

Após a nova solicitação ao ministro Carlos Ayres Britto, estima-se que a questão seja decidida em uma semana. "Se a liminar for favorável ao pedido da AGU, ela reafirmará que é o STF o competente para julgar a ação e não o juiz federal. Há uma grande probabilidade de essa ação sair favorável aos índios. A gente nunca sabe. Mas, caso não saia, o que a AGU promete é trabalho e empenho na defesa da homologação", adianta Lacerda.

Seguindo o histórico de julgamentos de ações de reintegração de posse do STF, que geralmente nega o pedido dos fazendeiros, espera-se que os índios da etnia Makuxi localizados na região possam, brevemente, retornar para a aldeia da Fazenda Viseu.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.