30/01/2006
- Mais um país europeu se posiciona
a favor do meio ambiente e não aceita
fazer o trabalho sujo da indústria
de biotecnologia
O Greenpeace aplaude a decisão
do governo grego de estabelecer uma proibição
para o cultivo de milho geneticamente modificado.
No total, a proibição se aplica
a 31 variedades de milho MON810.
“A Grécia é
mais um país que mantém sua
posição firme a favor do meio
ambiente e da soberania de sua agricultura
e não aceita fazer o trabalho sujo
da indústria de biotecnologia”, diz
Myrto Pispini, do Greenpeace Grécia.
Essa é a segunda
proibição apresentada pela Grécia.
Em 2004, o governo pretendeu banir 17 variedades
em seu território, mas a Comissão
Européia não aceitou. Na União
Européia, o milho transgênico
é liberado para cultivo desde 1998
e as decisões que existem são
nacionais. Desta vez, o governo grego adicionou
novos argumentos e incluiu 14 novas variedades
em sua proibição.
“Está cada vez mais
claro que países europeus rejeitam
cada dia mais a entrada de novas variedades
de transgênicos nos países”,
disse Gabriela Couto, da campanha de Engenharia
Genética do Greenpeace Brasil. “O Brasil
deve ter em consideração a forte
sinalização contrária
aos transgênicos que a Europa apresenta”.
No Brasil, foi feita uma
denúncia em novembro do ano passado,
de venda de sementes ilegais de milho transgênico
no Rio Grande do Sul, trazidas ilegalmente
da Argentina, fato confirmado pelo órgãos
governamentais responsáveis. “A venda
e cultivo de milho transgênico ilegal
no Brasil pode afetar diretamente as relações
comerciais entre Brasil e Europa”, completou.