30/01/2006 - O Programa
de Áreas Protegidas da Amazônia
(ARPA) começou nesta segunda-feira
(30) sua primeira avaliação,
reunindo doadores e executores, o secretário-executivo,
Claudio Langone, e o secretário de
Biodiversidade e Florestas, João Paulo
Capobianco, do Ministério do Meio Ambiente.
O ARPA foi criado pelo governo federal para
garantir a proteção de amostras
representativas da biodiversidade da Amazônia
e promover o desenvolvimento sustentável
da região, a partir de uma parceria
com doadores e organizações
da sociedade civil.
Coordenado pelo MMA, o ARPA foi implementado
em parceria com o Ibama, governos estaduais
e municipais da Amazônia, além
do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
(Funbio). É financiado pelo Fundo para
o Meio Ambiente Global (GEF, por meio do Banco
Mundial), WWF-Brasil e banco alemão
de cooperação KFW. A GTZ e o
WWF-Brasil atuam em cooperação
técnica com o Programa.
A missão vai trabalhar, durante duas
semanas, na definição de medidas
de curto e médio prazo para aumentar
a eficiência do programa. Serão
avaliadas a comunicação e imagem,
a eficácia e os mecanismos institucionais
e financeiros. O grupo trabalha em Brasília
até terça-feira (31). Na quarta-feira
(01) se desloca para Rondônia e depois
vai para o Rio de Janeiro, onde fica o Fundo
Brasileiro de Biodiversidade (Funbio), ONG
que administra os recursos financeiros do
programa.
De acordo com o presidente do Funbio, Pedro
Leitão, o projeto começou a
ser implantado em 2004 e tem duração
prevista de dez anos. O orçamento será
em torno de US$ 400 milhões, com US$
82 milhões destinados à primeira
fase, sendo US$ 18 milhões considerados
contrapartida do governo, do Ministério
do Meio Ambiente, por meio dos seus diversos
programas na Amazônia. "O projeto
é muito grande e prevê conservar
12% do território da Amazônia,
o que significa 55 milhões de hectares,
dos quais 18 milhões foram alcançados
só na primeira fase", informa
Pedro Leitão.
Segundo o coordenador do programa, Ronaldo
Weingd, o ARPA foi implantado com sucesso,
mas pode aprimorar-se. "Queremos torná-lo
mais completo para desempenhar seu papel fundamental
na implementação das áreas
protegidas da Amazônia, suprindo os
problemas de equipe, capacitando os profissionais
e promovendo ajustes gerenciais", completou.
Ele acredita que o grande desafio neste ano
será implementar novas unidades e ampliar
as existentes. "Estamos criando dois
milhões de hectares de unidades de
conservação de uso sustentável,
completando os 18 milhões de hectares
previstos para a primeira fase", acrescenta.