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CIENTISTAS DESCOBREM NOVAS ESPÉCIES NO OESTE DE NOVA GUINÉ

Panorama Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Fevereiro de 2006

Expedição histórica para a ciência encontra novas espécies de ave, rãs, borboletas e plantas e revela novos registros de uma famosa ave-do-paraíso e um raro canguru de árvore
Washington, D.C., 07 de fevereiro de 2006 —
Uma expedição científica a uma das selvas mais isoladas do continente asiático – nas escondidas Montanhas de Foja, ao oeste de Nova Guiné – descobriu um ‘mundo perdido’ de novas espécies, flores gigantes e raras espécimes da vida selvagem.

Realizada durante o mês de dezembro de 2005, a expedição, composta por cientistas norte-americanos, australianos e indonésios e liderada pela ONG Conservação Internacional (CI), desvendou mistérios da ornitologia, permitiu os primeiros registros fotográficos de pássaros exóticos, além de encontrar novas espécies de anfibios, borboletas e plantas.

Descobertas pioneiras – Um tipo de ave-do-mel de face alaranjada é a primeira nova espécie de ave encontrada na ilha de Nova Guiné nos últimos 66 anos. A equipe da expedição fotografou pela primeira vez uma rara espécie de ave-do-paraíso (Parotia berlepschi) e foi encontrada também uma espécie de mamífero de grande porte - o canguru de árvore (Dendrolagus pulcherrimus) -, até então registrado somente em uma montanha na vizinha Papua Nova Guiné.

“Isto é o mais próximo que poderemos chegar ao Jardim do Éden na Terra”, afirmou Bruce Beehler, um dos líderes da expedição e vice-presidente do Centro de Conservação da Biodiversidade da CI na Malásia. “O primeiro pássaro que vimos em nosso acampamento era uma nova espécie. Grandes mamíferos que, de tão caçados, estão à beira da extinção em outras localidades, lá foram encontrados em abundância! Tivemos o privilégio de encontrar duas equidnas de bico longo, uma espécie de mamífero que coloca ovo e é ainda pouco conhecido pela ciência."

As descobertas da expedição desvendaram um mistério da ornitologia – o local de origem da ave-do-paraíso de Berlepsch (Parotia berlepschi). Descrita pela primeira vez no final do século 19, com base em amostras coletadas por caçadores nativos de uma região desconhecida na Nova Guiné, a espécie foi o foco de várias expedições subseqüentes que não conseguiram encontrá-la.

No segundo dia da expedição, os cientistas assistiram maravilhados a um macho de ave-do-paraíso de Berlapsch seduzindo uma fêmea com a dança do acasalamento. Foi a primeira vez que um macho vivo dessa espécie foi observado por uma equipe de cientistas ocidentais, o que demonstrou que as Montanhas Foja são de fato o verdadeiro local de origem dessa ave-do-paraíso.

Outras descobertas incluem o que pode ser a maior flor - 15 cm de largura - já registrada do gênero Rododendro, um tipo de arbusto perene comum na Ásia, e mais de 20 novas espécies de anfíbios e quatro novas de borboletas.

A expedição aconteceu quase 25 anos depois que o americano Jared Diamond surpreendeu o mundo científico em 1981 com a descoberta do local de origem do caramancheiro de fronte dourada na mesma cadeia de montanhas. Desta vez, os cientistas capturaram as primeiras imagens da ave em seu abrigo – uma torre de ramos e folhagens com os quais constrói seu refúgio para o ritual de acasalamento.

Riqueza intacta - Os povos locais - Kwerba e Papasena - proprietários das florestas dessa região, foram muito importantes para o êxito da expedição. Além de terem sido bastante hospitaleiros com a equipe de cientistas, eles ensinaram como sobreviver na vasta selva. “Aprendemos com os nativos que com a abundância e riqueza da região, tudo o que precisávamos para nossa subsistência poderia ser encontrado em uma distância próxima, a menos de uma hora de caminhada da vila”, acrescenta Beehler.

Tamanha fartura de alimentos e demais recursos naturais mostra que o interior da cadeia montanhosa – mais de 300.000 hectares de floresta tropical contínua – mantém-se sem qualquer interferência humana. A região de Foja, com extensão de 1 milhão de hectares, constitui a maior floresta tropical intacta da Ásia e, conseqüentemente, uma importante região para a conservação da biodiversidade.

A Conservação Internacional e o Instituto de Ciência da Indonésia (LIPI) patrocinaram a expedição, com o apoio financeiro da Fundacao Swift, Fundação Gordon e Betty Moore, National Geographic Society e Global Enviroment Project Institute.

 
 

Fonte: Conservação Internacional Brasil (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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