10/02/2006 - O secretário
de Biodiversidade e Florestas do Ministério
do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco,
informou que o Projeto GEF Manguezal, lançado
nesta sexta-feira (10), em Brasília,
será desenvolvido com a participação
de um conjunto amplo de instituições
de pesquisa, universidades, órgãos
federal, estadual e municipal e de comunidades
locais. Para Capobianco, a iniciativa dará
melhor visibilidade e mais perspectivas de
oportunidades. "É um projeto que
o governo brasileiro se orgulha de ter viabilizado
junto com o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com
diferentes instituições",
ressaltou. O projeto objetiva fortalecer o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC) em sua capacidade de promover a conservação
e uso sustentável de ecossistemas manguezais
no Brasil.
Os recursos previstos para a execução
do projeto nos próximos quatro anos
são de US$ 15 milhões, dos quais
US$ 5 milhões virão de doação
do GEF (Fundo para o Meio Ambiente Mundial)
e US$ 10 milhões de contrapartida brasileira.
Capobianco disse que US$ 330 mil, já
adiantados pelo GEF, estão sendo utilizados
desde dezembro no processo de detalhamento
e de ajustes do projeto, identificando com
precisão quais as comunidades, municípios,
entre outros atores, terão apoio do
programa. Também será realizada
capacitação e trabalhada a gestão
efetiva e integrada de unidades de conservação
em áreas de manguezais, prevista SNUC.
Para Capobianco, o projeto fortalecerá
a fiscalização em áreas
de manguezais, por que envolverá um
conjunto de pessoas capazes de identificar
problemas e ações predatórias,
contribuindo, assim, para ajudar na atuação
mais eficiente dos órgãos estaduais
e federal. De acordo com o secretário,
o objetivo do projeto é associar conservação
dos manguezais com aumento da geração
de emprego e renda, agregando o valor aos
produtos extraídos do mangue, como
ostras, caranguejos, mexilhões, entre
outros. Muitas vezes esses produtos são
retirados de forma predatória por que
há muita pressão do mercado
consumidor , informou. Ele salientou que o
aprimoramento do processo, com normas ambientais
adequadas, e exploração com
melhor qualidade resultarão no aumento
do valor do produto e diminuirá a pressão
sobre o ecossistema.