03/02/2006
- A criação de instrumentos
para aumentar o controle sobre o desmatamento
no Pantanal é o tema principal da reunião
entre técnicos do Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), do Ministério do Meio Ambiente
e da organização não-governamental
Conservação Internacional.
Dados da ONG revelam que
o desmatamento já chega a 44,5% na
bacia do Paraguai, área onde se localiza
o Pantanal. De acordo com a diretora de Pantanal
da Conservação Internacional,
Mônica Barcelos Néri, o mais
alarmante é a rapidez do desmatamento
na região. "Entre 2000 e 2004,
a taxa alcançou 2,3% e, se for mantida
nesse nível, em 45 anos, toda a vegetação
nativa do Pantanal terá desaparecido".
Mônica destacou que
os principais fatores do desmatamento são
a expansão da agropecuária extensiva
e a exploração do carvão
por grande produtores, que "limpam"
grandes áreas a custo zero, além
da falta de incentivos para o ecoturismo.
Na reunião, que vai
durar todo o dia, serão confrontadas
as metodologias de avaliação
do desmatamento empregadas pela ONG e pelo
Centro de Monitoramento Ambiental do Ibama.