13/02/2006
– O trabalho da força-tarefa da Operação
Ceriá, comandada pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) na região da Costa Verde, sul
do Rio de Janeiro, pode ser estendido a mais
quatro regiões do estado ainda este
ano.
A expectativa é do
gerente-executivo do Ibama do Rio, Rogério
Rocco, que considerou positiva a ação
conjunta contra crimes ambientais. Na semana
passada, a operação mobilizou
200 agentes do Exército, da Marinha,
da Polícia Federal, da Polícia
Rodoviária Federal, das Polícias
Militar e Civil, de Ministérios Públicos
Federal e Estadual e as prefeituras de Parati
e Angra dos Reis.
"Foi uma atuação
conjunta que atuou de forma intensiva e confirmou
a expectativa de grande quantidade de [atos]
ilícitos ambientais que se davam naquela
região", disse, em entrevista
à Agência Brasil. "Nesse
sentido, esse arranjo estará operando
permanentemente no estado para cobrir outras
regiões. Eu espero que, em 2006, a
gente consiga atingir mais quatro regiões
do estado, no mar e na serra", acrescentou.
Segundo ele, na região
serrana há um conjunto de unidades
de conservação, "uma cobertura
florestal significativa", que atravessa
uma série de problemas. Na região
costeira, avaliou Rocco, "tem características
próprias e precisa de um choque de
gestão"
O balanço final da
operação será fechado
na próxima quarta-feira (15), quando
os dados serão cruzados entre os órgãos
que participaram ação. Rocco
informou que o trabalho na Costa Verde prossegue
por mais de 60 dias, com o acompanhamento
das medidas adotadas, e, depois, com a destinação
de um maior número de analistas ambientais
para consolidar a atuação do
estado no local.
Durante o trabalho, a força-tarefa
aplicou multas no valor aproximado de R$ 2
milhões, embargou construção
irregulares, apreendeu armas e apetrechos
de caçadores de animais silvestres,
libertou algumas espécies mantidas
em cativeiro, estourou uma plantação
de maconha na Serra da Bocaina, pontos de
caçadores e de rebanhos de gado.