13/02/2006
- A queda no preço da soja ajudou a
diminuir o desmatamento na região Amazônica
em 30% no ano passado. "Isso ajudou a
potencializar as ações que já
estavam sendo feitas. Se não houvesse
a queda do preço, provavelmente o impacto
das ações do ministério
teria sido menor. Mas só a soja não
teria modificado o quadro", avaliou o
diretor do Programa de Florestas do Ministério
do Meio ambiente, Tasso de Azevedo.
As áreas com maior
queda no índice de desmatamento – o
estado de Mato Grosso (40%) e o oeste do Pará
(mais de 60%) – correspondem aos locais onde
houve ações "mais fortes
de controle, com Polícia Federal e
Exército, e são as regiões
onde trabalhamos com a implementação
das unidades de conservação
e da gestão de florestas públicas",
disse o diretor.
Ele destacou a suspensão
da emissão de qualquer documento de
posse de terras públicas no Pará,
enquanto se faz o processo de regulamentação
do uso das florestas públicas. E a
criação de uma área de
limitação provisória
administrativa, de 8 milhões de hectares,
para a criação das unidades
de conservação. "As duas
ações tiveram impacto porque
diminuíram ou eliminaram a expectativa
de titulação de terras a partir
de processos de grilagem", acrescentou.
Para o diretor do Fundo
Nacional do Meio Ambiente, Elias Araújo,
"se o ministério não tivesse
agido com programa de educação
contra queimada, programa de fiscalização
intensiva, combate à exploração
insustentável, certamente não
teríamos atingido esses índices".