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VITÓRIA: GOVERNO FRANCÊS MANDA NAVIO TÓXICO VOLTAR PARA O PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2006

15/02/2006 - Foi aprovado nesta quarta no Senado, o Projeto de Lei nº 285/99, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica. O projeto demorou 14 anos para ser aprovado, sofreu mais de 80 emendas e enfrentou forte oposição da bancada ruralista. “Eu pessoalmente nem sei como comemorar depois de 14 anos esperando”, conta Miriam Prochnow, Coordenadora Geral da Rede.

Apresentado em outubro de 1992, o texto define e regulamenta os critérios de uso e proteção do bioma, reduzido atualmente a 7,3% de sua vegetação original, além de estabelecer uma série de incentivos econômicos à produção sustentável. Cria também incentivos financeiros para restauração dos ecossistemas, estimula doações de iniciativa privada para projetos de conservação, regulamenta o artigo da Constituição que define a Mata Atlântica como Patrimônio Nacional, delimita o seu domínio, proíbe o desmatamento de florestas primárias e cria regras para exploração econômica. A aprovação dessa lei deve garantir a proteção e recuperação dos poucos remanescentes da Mata Atlântica, que é o bioma mais ameaçado do país e o segundo mais ameaçado do mundo. Miriam Prochnow ressalta, entretanto, que a luta continua, pois o projeto volta para a Câmara por conta das emendas aprovadas.Depois disso começa a luta para cobrar que a lei seja cumprida: “A luta deste PL se confunde com a história da RMA. É a nossa vitória, o que não significa que não teremos outras lutas pela frente. Agora vamos lutar para que os avanços do texto sejam aplicados o quanto antes”.

A França assume a responsabilidade pelo conteúdo tóxico do porta-aviões Clemenceau (navio-irmão do porta-aviões São Paulo), contaminado com amianto e ascarel, e desiste de enviá-lo para a Índia para desmonte

O presidente francês Jacques Chirac decidiu hoje mandar o navio de guerra Clemenceau de volta à França, depois de uma longa batalha do Greenpeace para que o navio não deixasse o país antes de ser descontaminado. Depois de várias ações do Greenpeace e mensagens para Chirac, que causaram um grande constrangimento internacional, o Clemenceau teve que dar meia volta e retornar para a França.

“O governo francês foi obrigado a abandonar seus planos de despejar lixo tóxico na Índia. Essa é uma grande vitória para o meio ambiente, para a Índia e para o direito internacional”, disse Pascal Husting, diretor-executivo do Greenpeace França.

A França queria levar 27 mil toneladas de resíduos químicos para a Índia, onde trabalhadores sem a devida proteção iriam entrar em contato com substâncias tóxicas como amianto, ascarel, chumbo e mercúrio.

Em dezembro, O Greenpeace impediu a saída do Clemenceau do porto francês de Toulon. Em janeiro, um barco com ativistas do Greenpeace abordou o navio em pleno mar Mediterrâneo, impedindo sua passagem pelo Canal de Suez. O governo francês interveio e conseguiu do Egito a permissão para o Clemenceau seguir viagem.

Enquanto isso, na Índia, crescia a mobilização da opinião pública para impedir a entrada do Clemenceau. Neste mês, a corte indiana ordenou que o navio de guerra mantivesse distância das águas indianas, em decisão judicial final. Ao mesmo tempo, ciberativistas ao redor do mundo bombardeavam o governo francês com envio de e-mails, exigindo o retorno do navio à França.
Hoje, às vésperas de uma visita oficial de Chirac à Índia, o presidente francês anunciou que o porta-aviões retornaria à França.

Enquanto todos saboreiam a vitória do caso Clemenceau, que se tornou símbolo da injustiça moral dos países industrializados, despejando seu lixo tóxico em outras partes do mundo, devemos lembrar que essa é só a ponta do iceberg. Todo ano, uma grande frota de navios velhos contendo substâncias tóxicas, como amianto, ascarel e metais pesados, partem de países ricos para ser sucateada no Terceiro Mundo.

Nós acreditamos que os governos devem observar o precedente do caso Clemenceau e passar a respeitar as leis internacionais que proíbem o despejo de lixo tóxico dos países ricos nos países pobres.

 
 
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Foto: Greenpeace
 
 
 
 
 
 

 

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