03/03/2006
- Um questionário criado pela equipe
de educação ambiental da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente (Sema), aplicado aos
campistas do Parque Estadual de Itapeva durante
o mês de fevereiro, levantou sugestões
para o funcionamento do camping e traçou
um perfil dos usuários. O resultado é
considerado uma importante base de dados para
planejamento de ações futuras
e melhorias no camping, de acordo com a bióloga
da Sema Roseli Zaremba.
Foram entrevistadas cerca
de 50 famílias durante todo o mês
de fevereiro. A maioria dos campistas estava
em barracas (76%), mas também houve
um número significativo de motor-homes
(15%). O restante optou por trailers ou camping
cars. A maioria vem da Região Metropolitana,
especialmente de Porto Alegre, Novo Hamburgo
e São Leopoldo, mas também houve
registro de famílias que vieram da
Argentina. O público é predominantemente
adulto (83%).
As condições
de infra-estrutura do camping foram consideradas
boas por 57% dos entrevistados, ótimas
por 16% e ruins por 27%. Os campistas sugeriram
melhorias especialmente nos banheiros e na
iluminação. Também foram
solicitadas placas informativas e de educação
ambiental. Parte dos entrevistados já
conhecia o camping e não sabia que
Itapeva havia se tornado Parque, em 2002.
O lixo foi outra questão
abordada pelos técnicos de educação
ambiental. Mais da metade dos entrevistados
(59%) separaram o lixo orgânico do seco.
Os técnicos observaram que as pessoas
que declararam ter o hábito de fazer
a seleção do lixo em casa mantiveram
esta postura no camping.
O trabalho dos funcionários
também foi avaliado. 59% dos campistas
consideraram o atendimento bom, 36% ótimo
e 5% ruim. Durante todo o mês da pesquisa,
técnicos da Sema desenvolveram atividades
de educação ambiental, incluindo
vídeos para as crianças, visitas
guiadas e um mutirão de recolhimento
de lixo na Pedra de Itapeva.
Por ser uma unidade
de conservação, o Parque Estadual
de Itapeva tem como objetivos básicos
a preservação de ecossistemas
naturais, a realização de pesquisas
científicas, de atividades de educação
ambiental, de recreação, de
contato com a natureza e de turismo ecológico.
O Plano de Manejo não está concluído,
e a pesquisa dos campistas serve também
para que os técnicos tenham uma noção
dos usos da área. O camping permanece
aberto no mês de março, mas as
atividades de educação ambiental
desenvolvidas no verão estão
encerradas.