(09/03/06) - O Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) do Paraná
liberou, nesta quarta-feira (8), a colheita
das 13 lavouras de soja geneticamente modificada,
embargada na Operação Parque
Livre. A ação, em 22 de fevereiro,
foi motivada após denúncias
de que agricultores estariam plantando soja
geneticamente modificada na Zona de Amortecimento
do Parque Nacional do Iguaçu, no Oeste
do estado.
A legislação
brasileira proíbe o plantio de soja
transgênica em terras indígenas,
unidades de conservação e as
respectivas zonas de amortecimento. No entanto
segundo o superintendente do órgão
no estado, Marino Gonçalves, os grãos
ficarão segregados até o julgamento
dos processos. A Cooperativa Industrial Lar
de Medianeira (PR), uma das responsáveis
pela distribuição das sementes
modificadas aos agricultores, comprometeu-se
em acondicionar toda a soja nos silos da empresa.De
acordo com o superintendente, os proprietários
estarão obedecendo a um cronograma
para realizarem o procedimento.
Toda a ação
desde a colheita, transporte e armazenamento
terá o acompanhamento de fiscais do
Ibama. Marino informou que a Ocepar (Organização
das Cooperativas do Paraná), em recente
reunião com o Ibama, sinalizou aceitar
um termo de ajuste de conduta sobre a proibição
do cultivo de transgênicos comprometendo
a repassar para os agricultores todas as informações
necessárias antes do início
do plantio.
O superintendente informou
que apesar da liberação da colheita,
os processos contra os agricultores continuam
tramitando. O valor da multas para cada propriedade
deverá ser anunciado na próxima
semana em uma reunião do Ibama em Foz
do Iguaçu (PR), com os atingidos. “Após
a colheita, as áreas continuam embargada
para o plantio da soja transgênica e
liberada para a convencional ou orgânica”,
concluiu.