04/03/2006
- Um laudo da Fundação Estadual
de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) concluiu
que o rio Muriaé, no noroeste do estado,
não foi contaminado pelo despejo de
400 mil metros cúbicos de resíduos
de tratamento de bauxita (matéria-prima
do alumínio), ocorrido na última
quinta-feira (2). De acordo com a assessoria
de imprensa da Feema, os habitantes do município
de Laje do Muriaé continuarão
sendo abastecidos por carros-pipas da Cedae
(companhia de águas do estado) até
que a água esteja menos turva, mesmo
sem ter sido constatado qualquer resíduo
tóxico na análise feita.
Os resíduos do tratamento
de bauxita foram despejados nos rios da região
devido ao rompimento de uma barragem da mineradora
Rio Pomba Cataguases, em Minas Gerais. Primeiro,
os resíduos chegaram ao rio Fubá
e, logo em seguida, alcançaram o rio
Muriaé, afluente do rio Paraíba
do Sul que abastece a cidade de Laje do Muriaé.
De acordo com a Feema, a
água está turva por causa da
grande quantidade de lama no rio e, provavelmente,
chegará com grande quantidade de barro
também à cidade vizinha de Itaperuna.
A Feema informou ainda que a estação
de tratamento de água de Laje do Muriaé
é pequena e que precisará sofrer
ajustes para garantir a retirada desse barro
e a qualidade da água fornecida à
população.