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A BIOSSEGURANÇA DO PLANETA PODE ESTAR NAS MÃOS DO GOVERNO BRASILEIRO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2006

13-03-2006 – Curitiba - Brasil atrasa definição da posição oficial para a MOP3 e deixa mais de 132 países membros do Protocolo de Cartagena na expectativa de um acordo – ou defendendo os interesses da biossegurança ou o das indústrias de biotecnologia e os produtores de transgênicos

Hoje iniciam as primeiras negociações da 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena (MOP), que discutirá a biossegurança global relacionada ao transporte internacional de OVMs (Organismos Vivos Modificados). Os países membros aguardam a decisão do Brasil, que ainda não se posicionou sobre a polêmica expressão “contém” ou “pode conter” OGMs, para definir o futuro do comércio global de transgênicos. A obrigatoriedade da expressão “contém” permite uma identificação clara e precisa dos eventos de OVMs, o que garante uma política global de biossegurança e direito à informação.

“Estamos vivendo uma situação bastante preocupante, uma vez que, no início do encontro, o governo brasileiro, anfitrião da reunião, ainda não apresentou sua posição à sociedade civil brasileira e aos outros países membros desse protocolo internacional”, disse Gabriela Couto, bióloga, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace. “Hoje a sociedade civil do mundo todo clama ao presidente Lula que garanta o consenso e tome posição favorável pela proteção da biodiversidade do planeta e pela soberania alimentar dos povos”, completou.

Desde a semana passada, ONGs brasileiras e internacionais estão divulgando ciberação direcionada ao presidente Lula, exigindo que ele defenda o avanço das negociações do Protocolo de Cartagena e garanta a proteção da biodiversidade e soberania dos povos. Já são mais de 3 mil e-mails enviados até o momento.

Na reunião passada, em 2005, o Brasil, junto com a Nova Zelândia, bloqueou um texto final de compromisso de todas as partes, impedindo o consenso em relação ao nível de detalhamento das informações das cargas transgênicas comercializadas internacionalmente. O poderoso grupo composto pela indústria de biotecnologia e traders, em aliança com os Estados Unidos, Canadá e Argentina, foi responsável pelo forte lobby contrário à criação dessas regras, influenciando e impedindo que os países membros do Protocolo chegassem a um consenso quanto à necessidade de identificação de OGMs.

“O que está em discussão neste momento é a posição do governo brasileiro: ou ele está do lado da biossegurança e dos países em desenvolvimento, ou ele fecha com as empresas de biotecnologia e dos produtores de transgênicos ”, disse Gabriela. “E este é o momento em que devemos impedir que nosso meio ambiente e alimentos continuem a ser contaminados indiscriminadamente por transgênicos”, completou.

Na semana que antecedeu a reunião, o Greenpeace e o GeneWatch apresentaram o primeiro relatório global sobre contaminação do meio ambiente por organismos geneticamente modificados (OGMs), que revelou um cenário alarmante de cultivo e comércio ilegal de transgênicos pelo mundo. Segundo o relatório, o número de países afetados é o dobro daqueles que permitem oficialmente o cultivo de transgênicos. Só em 2005 foram registradas ocorrências em 11 países, incluindo alguns que supostamente possuem um sistema de controle rígido, como o Reino Unido.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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