Panorama
 
 
 
 

FÓRUM GLOBAL DA SOCIEDADE CIVIL MOBILIZARÁ ORGANIZAÇÕES CIVIS EM PARALELO À MOP3 E COP8

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2006

13/03/2006 – Do lado de fora do Expo Trade Convention, onde ocorre a 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP-3), cerca de 700 integrantes de movimentos sociais brasileiros estão reunidos no Fórum Global da Sociedade Civil. Evento que ocorre até o dia 31 de março em paralelo à MOP-3 e à 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8).

O Fórum Global da Sociedade Civil também pretende chamar atenção para o modelo insustentável de produção e consumo que visa à exportação por meio da monocultura de soja e de eucalipto para celulose; os problemas da biopirataria; a produção insustentável de energia que ameaça a biodiversidade; as conseqüências da poluição da água; o conflito entre áreas protegidas e comunidades tradicionais. Foi o que informou a gerente executiva do Fórum Brasileiro de Organizações não-governamentais e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMs), Ester Neuhaus.

Além disso, segundo ela, várias entidades, que têm criado redes sobre os biomas brasileiros, também vão estar presentes para discutirem sobre o cerrado, a Amazônia, a mata atlântica e a zona costeira.

Além dos debates, está prevista uma feira de biodiversidade. A idéia, segundo Gabriel Fernandes, que também participa da organização do fórum, é traduzir para a população o que está sendo discutido na reunião oficial e os impactos para a agricultura brasileira e para sociedade. A feira está sendo montada por agricultores familiares que trabalham só com agricultura ecológica em diversas partes do país. Eles trarão amostras de sementes de variedades tradicionais que cultivam em suas lavouras para mostrar que sobrevivem sem o uso de transgênicos – o principal debate da semana na MOP-3.

"Agricultores que não querem cultivar transgênicos estão criando diferentes formas de resistência e nessas áreas não serão plantados nem consumidos organismos geneticamente modificados", disse Fernandes. Ele informou que na Europa já existem 1500 localidades com esses critérios.

A expectativa dos participantes do fórum é sensibilizar o governo brasileiro para que seja adotada a condição do "contém", que permite a distinção clara no transporte de transgênicos entre fronteiras.

Outro ponto crucial do fórum, segundo Ester Neuhaus, "é a discussão sobre o meio ambiente, conservação e o uso sustentável dos recursos naturais que tem que se impor sobre a Organização Mundial do Comércio, ou seja, tem que ser mais importante do que o livre mercado".

A programação segue a agenda das negociações oficiais que vão ocorrer em paralelo. De 13 a 17 de março, o Brasil sediará a terceira Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP-3). O documento visa assegurar um nível adequado de proteção no campo da transferência, da manipulação e do uso seguro dos organismos vivos modificados e impõe regras ao comércio mundial de produtos transgênicos ou geneticamente modificados.

Na semana seguinte, de 20 a 31 de março, é a vez dos debates da 8ª Conferência das Partes (COP-8) que, principalmente, giram em torno da proteção da biodiversidade, acesso aos recursos genéticos e proteção de conhecimento tradicional. O grande desafio enfrentado durante a MOP e a COP, de acordo com a gerente do FBOMs, é conseguir incidir nessas negociações oficiais.

"O fórum em paralelo proporciona mais visibilidade na importância de se discutir a proteção da biodiversidade tanto para os delegados como para as entidades, movimentos sociais e até mesmo o público em geral. Como é tratada do lado oficial, a nossa abordagem é crítica, vai dar outro foco, vai se preocupar mais com a sustentabilidade, com o impacto sobre as comunidades tradicionais e com o meio ambiente", enfatizou Ester Neuhaus.

No final do encontro será elaborado um documento com todas as sugestões das organizações participantes no fórum para ser encaminhado às autoridades brasileiras.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Luciana Nórcio

 
 
 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.