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ONGs E MOVIMENTOS SOCIAIS APROVAM POSIÇÃO BRASILEIRA SOBRE ROTULAGEM DE TRANSGÊNICOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2006

14/03/2006 - A decisão do governo brasileiro sobre a rotulagem de produtos modificados em laboratório na 3ª Conferência das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3), na qual defenderá a identificação clara e precisa por meio do termo “contém”- foi celebrada na tarde desta terça-feira, 14 de março, durante a abertura do Fórum Global da Sociedade Civil. O evento acontece paralelamente à MOP3, em Curitiba.

CURITIBA - A ministra Marina Silva, durante a abertura do Fórum Global da Sociedade Civil, explicou que a nova postura brasileira não é complacente com os produtores de transgênicos ao prever um prazo de quatro anos para que os produtos tenham rotulagem clara. “A identificação começa a partir de agora para termos tudo certo daqui quatro anos. Mas que não fiquem dúvidas: a opção brasileira é pelo ‘contém’, com a previsão de uma fase de transição para aqueles que não fazem a segregação de suas produções”. Marina disse ainda que a opção permitirá a coexistência de dois modelos de produção no País, o que seria positivo. “O País vai ganhar duas vezes ao ter essa diversidade de produtos”.

O Greenpeace afirmou que a defesa do governo brasileiro pela rotulagem de Organismos Vivos Geneticamente Modificados (OVMs) – ainda que com prazo de quatro anos para a adaptação dos produtores que não fazem segregação deve ser celebrada como um avanço extraordinário. “A nova posição é de defesa da vida e dos interesses nacionais. Agora temos que trabalhar para que seja aceita pelos demais países”, afirmou o advogado Sérgio Leitão, diretor de políticas públicas do Greenpeace.

A também advogada Maria Rita Reis, da ONG Terra de Direitos, diz que a organização está aliviada com a revisão do posicionamento brasileiro, já que no último encontro sobre o Protocolo de Cartagena, no ano passado, no Canadá, o Brasil ficou ao lado da Nova Zelândia em defesa da rotulagem “pode conter”, criando um impasse sobre o principal ponto pendente do tratado internacional sobre biosseguraça. “Agora, sim, a biossegurança está no centro do debate, mas pensamos que o prazo de 4 anos é inaceitável”. Maria Rita alertou ainda para os lobbies que estariam sendo feitos por representantes dos governos americano e australiano para que os países-membros do Protoloco não aceitem a proposta brasileira.

O líder do Movimentos dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, qualificou a opção do governo Lula como uma vitória ao longo do que chama de guerra entre dois modelos: de um lado, os defensores do modelo liberal, que não tem compromisso com as futuras gerações ou com o meio ambiente. “Este modelo está sendo imposto por meio de alianças entre empresas transnacionais e grandes fazendeiros”. Do outro lado, segundo Stédile, estariam os trabalhadores rurais e ambientalistas, preocupados em produzir para a alimentação das famílias, utilizando os recursos naturais de forma responsável, sem a aplicação de agrotóxicos.

Stédile aproveitou para atacar a empresa Aracruz Celulose, que na semana passada teve uma de suas bases de pesquisa invadida e destruída por integrantes da organização Via Campesina. “A Aracruz posa de vestal do progresso mas na verdade invade terras indígenas e quilombolas no Espírito Santo, gerando lucros às custas da pobreza do povo brasileiro”.

Conheça os cinco pontos da proposta brasileira divulgada ontem (13/3):

1) Os OVMs objeto de movimentos transfronteiriços devem estar aprovados no país exportador e também no país importador;

2) A expressão "contém" será utilizada nos casos onde exista preservação da identidade no sistema de produção;

3) Fica estabelecida uma fase de transição de quatro anos para que os países implementem o sistema de preservação da identidade na produção de OVMs destinados a movimentos transfronteiros;

4) Nos demais casos e durante uma fase de transição de quatro anos será utilizada a expressão "pode conter" seguido da lista de todos os eventos de transformação genética aprovados no país exportador;

5) Após o período de transição toda a movimentação transfronteiriça de OVMs deverá adorar a expressão "contém" com a especificação dos eventos contidos no produto exportado.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.isa.org.br)
Assessoria de imprensa (Bruno Weis)

 
 
 
 
 
 

 

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