11/03/2006
- O projeto Vale Florestar entregue pela Companhia
Vale do Rio Doce à ministra Marina
Silva prevê o plantio de árvores
em 200 mil hectares, principalmente no Pará
e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
Dessa área, 50 mil hectares serão
plantados com espécies nativas e 150
mil com eucalipto.
"Evidentemente nós
vamos querer plantar prioritariamente nessas
terras espécies locais. No Pará
plantaremos tudo o (que existe) na biodiversidade
da Amazônia. Em Minas e no Espírito
Santo, (usaremos a biodiversidade da) Mata
Atlântica, além de continuar
preservando todas as áreas hoje sob
nossos cuidados", disse o presidente
da Vale, Roger Agnelli.
Ele lembrou que são
áreas muito grandes. "Só
na Floresta Nacional de Carajás e toda
aquela região há um maciço
florestal primário muito grande. Agente
cuida tanto no aspecto de segurança
quanto no de combate a incêndios",
destacou.
Sobre a polêmica de
utilização do eucalipto, Agnelli
esclareceu que o plantio dessa árvore
tem a vantagem de poupar espécies nativas
na hora de usar a madeira para produzir carvão.
Esclareceu também que o projeto será
desenvolvido em torno de áreas de mineração
ou degradas, como os assentamentos do Instituto
Nacional de Colonização e reforma
Agrária (Incra) nos anos 70. Segundo
Agnelli, no caso da "revegetação",
serão utilizadas espécies nativas
com o objetivo de preservar a mata.
O executivo lembrou que
a Vale tem em Linhares (ES) possivelmente
a maior área privada de reservas de
Mata Atlântica do país. "Estamos
não só preservando, como fazendo
as pesquisas e colhendo sementes para gerar
mudas. A Vale é a empresa que mais
produz mudas no Brasil".
Agnelli revelou que a empresa
tem capacidade para produzir 12 milhões
de mudas por ano de espécies da Mata
Atlântica, em Linhares. No norte, no
Maranhão, por exemplo, a Vale tem condições
de produzir mais de 20 milhões de mudas
nativas por ano. "Acho que isto é
uma atitude positiva e uma forma de mostrar
ao mundo inteiro que o Brasil se propõe
a exercer uma mineração ambientalmente
responsável".
Segundo Agnelli, a intenção
da empresa é produzir 40 milhões
de mudas por ano e para isto conta com um
banco genético com mil espécies
diferentes de plantas.