11/03/2006
- A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) tem
promovido debates com governadores e prefeitos,
no sentido de que a produção
de ferro-gusa (um manufaturado derivado do
minério de ferro) venha a ser feita
usando 100% de carvão proveniente de
florestas plantadas pela própria mineradora,
em parceria com governos e clientes.
A medida reforça
a intenção da empresa de desenvolver
projeto de recuperação de áreas
e reflorestamento na Amazônia e em outros
estados onde atua na exploração
de minério de ferro. Para o presidente
da empresa, Roger Agnelli, essa é uma
forma de mostrar ao mundo que o Brasil se
propõe a exercer uma mineração
que respeite o meio ambiente e o ecossistema
de cada região.
Há poucos dias, Agnelli,
entregou à ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, um projeto de recuperação
de áreas e reflorestamento da Amazônia
desenvolvido pela mineradora.
"Como o consumo do
carvão utilizado no processo de fabricação
do ferro gusa é grande e se demora
até sete anos para desenvolver uma
floresta, estamos chamando governos e clientes
na tentativa de liderar um processo para que,
em um período de tempo relativamente
curto, possamos ter 100% da produção
de gusa (com carvão proveniente de)
florestas plantadas".
Segundo Agnelli, a iniciativa
gera emprego e renda. A idéia se divide
em três partes: implementar contratos
com grupos de pequenos e micros produtores
que estão explorando terras em áreas
que foram objetos de assentamento no passado
e cujas famílias estão sem condições
de viabilização econômica
dessas terras; utilizar o médio e grande
produtores agropecuários que passariam
a destinar parte de suas terras ao plantio
das florestas; e utilizar as próprias
terras exploradas pela Vale nesse processo.
"Através de
contratos nós garantiríamos
a compra da madeira a ser produzida e ainda
por cima respeitaríamos a vocação
local, ao mesmo tempo partindo para outras
atividades: o biodiesel, ou a produção
de grãos de uma maneira geral",
esclareceu.