oficiais na área de saneamento. Nesse
período, disse, o Governo do Estado
destinou R$ 95,6 milhões para a implantação
de aterros sanitários, aterros em valas,
aquisição de caminhões,
retroescavadeiras e tratores para a operação
dos sistemas de destinação de
resíduos.
Em seguida, o engenheiro Aruntho Savastano
Neto,assessor da Diretoria de Controle de
Poluição da CETESB, fez uma
exposição sobre a metodologia
de elaboração do Inventário
Estadual de Resíduos Sólidos
Domiciliares 2005 e as finalidades do estudo.
A CETESB, disse, desenvolve vários
trabalhos de levantamentos e avaliações
das condições ambientais e sanitárias
dos locais de destinação final
de resíduos sólidos domiciliares
nos municípios e, a partir de 1997,
passou a organizar e sistematizar as informações
para a elaboração do inventário.
O inventário foi elaborado com base
em informações obtidas nas inspeções
realizadas pelas 35 agências ambientais
da CETESB, mostrando qual a destinação
dada às 28 mil toneladas diárias
de lixo domiciliar geradas, em 2005, nos 645
municípios paulistas. As informações
obtidas são processadas para estabelecer
a pontuação dos sistemas de
coleta e tratamento de cada município,
conforme as características locacionais,
estruturais e operacionais.
A evolução e o acompanhamento
dos índices no período compreendido
entre 1997 e 2005, permite aferir o resultado
das ações de controle da poluição
ambiental desenvolvidas no Estado, e monitorar
a eficácia dos programas de apoio técnico
e financeiro oferecidos pelo governo. Uma
das conclusões é de que, em
2005, 48,5% dos municípios no Estado
tiveram suas instalações de
disposição e tratamento de lixo
enquadradas como adequadas, contra apenas
4,2% em 1997.
Outro ponto destacado pelo engenheiro é
a evolução referente à
quantidade de resíduos sólidos
dispostos adequadamente, que passou de 10,9%
do total gerado (ou 1.987 toneladas/dia de
um total de 18.232 toneladas/dia), em 1997,
para 80,2% (ou 22.423 toneladas/dia de um
total de 27.971 toneladas/dia) em 2005.
O trabalho revela também que, em 1997,
77,8% dos sistemas municipais de tratamento
de lixo eram classificados como inadequados.
Esse índice, com decorrência
das ações de controle e fiscalização
da CETESB e das linhas de financiamento abertas
pelo Governo do Estado, caiu em 2005 para
23,6% dos municípios.