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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DISCUTE DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2006

21/03/2006 - Traços à base de urucum e jenipapo desenham seus rostos. Chocalhos, colares, braceletes e cocares anunciam o início de uma celebração. Com sorrisos tímidos e olhares atentos ao público, mas com muita força na voz e o ritmo marcado pelo bater de seus pés, os Rikbaktsa realizaram a homenagem a seus antepassados indígenas na abertura da 7ª Reunião de Negociações para a Busca de Consensos sobre a Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas. No Palácio do Itamaraty, em Brasília, estarão reunidos representantes dos povos indígenas e dos países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir temas como direitos coletivos, direitos territoriais e o direito à autodeterminação, a partir desta terça-feira 21 até o próximo sábado 25.

O objetivo do encontro é chegar a um acordo para elaborar a Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas, em discussão desde 1987. Entre os temas tratados, estão os direitos básicos dos povos indígenas, como meio ambiente, saúde, autodeterminação e autonomia. Os mais polêmicos, segundo Azelene Kaingang, representante do Conclave dos Povos Indígenas para a América do Sul, são o reconhecimento dos direitos coletivos, o exercício desses direitos e os limites desse exercício. Segundo ela, a declaração não deve ficar pronta este ano, mas uma etapa importante para a finalização do texto será cumprida. O primeiro passo é terminar a leitura do texto, e em seguida ele será trabalhado, detalhadamente, em direção a um documento final. “Não devemos terminar tudo nessa reunião, mas já será um grande avanço dar início à próxima etapa”, afirma.

Mesmo sem o texto final, para o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, o importante é que no fim do encontro os participantes tenham um documento consolidado. “Esperamos que seja de consenso e avanços concretos. Essa reunião deve refletir o respeito às comunidades indígenas de todas as Américas, o respeito às suas terras”, diz.

A proposta da declaração começou a ser elaborada há mais de 10 anos pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, e segue em discussão desde 2003. Essa é a primeira vez que o Brasil serve de sede para o encontro. A solicitação para a mudança de local foi apresenta pelo Conclave dos Povos Indígenas das Américas ao presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, durante a última reunião, realizada na Guatemala, em outubro do ano passado.

Para o presidente do grupo de trabalho, o embaixador guatemalteco Juan León Alvarado, realizar o encontro no Brasil tem um grande significado para a construção de políticas e para reafirmar o compromisso de reconhecimento jurídico pleno aos povos indígenas. “É um encontro essencial para ajudar a compor um quadro de princípios, observando as iniciativas dos governos, sociedade civil e organismos internacionais”, diz. Segundo ele, “a declaração é mais um instrumento para a melhorar a situação dos indígenas”.

De acordo com um estudo do Banco Mundial, realizado em 2005, os povos indígenas representam 10% da população das Américas. Ao mesmo tempo, é o grupo social mais desfavorecido da América Latina. Na Bolívia e na Guatemala, por exemplo, mais da metade da população total é pobre. Desses, quase três quartos são indígenas. “Eles foram excluídos por um período longo da vida política e econômica de muitas de nossas sociedades. Esse erro histórico começa a ser corrigido à medida que grupos tradicionalmente marginalizados participam do processo político, fazendo-se ouvir e exigindo mudanças. Por isso, precisamos pensar em soluções e chegar em um acordo para as questões pendentes”, afirma o secretário-geral adjunto da OEA, embaixador Albert Ramdin.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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