22/03/2006 - Brasília
– Na próxima semana, a Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) promove
a 4ª Conferência Nacional de Saúde
Indígena, que acontece de 27 a 31,
em Rio Quente (GO). O encontro servirá
para debater políticas sobre saneamento
básico nas aldeias indígenas.
A Funasa vem sendo acusada
por movimentos sociais e organizações
indígenas de falhas na assistência
às aldeias. Um levantamento do órgão,
no entanto, mostra que entre 2003 e 2005,
foram investidos R$ 53,2 milhões em
obras de saneamento básico nas aldeias.
De acordo com a Funasa,
mais de mil aldeias indígenas já
possuem casas com banheiro, pia, chuveiro,
vaso sanitário, além de rede
de esgoto e água potável. Essas
melhorias atendem cerca de 190 mil índios
do país.
Segundo o presidente da
Funasa, Paulo Lustosa, os investimentos em
saneamento vêm dando resultados positivos.
"Nós reduzimos, os riscos de doenças
transmissíveis e desnutrição
por meio da veiculação hídrica.
Além disso, nós melhoramos,
diminuímos os índices de repetência
nas escolas indígenas e reduzimos os
gastos com medicamentos e com médicos",
afirma Lustosa.
Pelos cálculos do
governo federal, existem no Brasil 450 mil
índios que moram em aldeias. Desse
total, 250 mil ainda não contam com
saneamento. Em 2005, foram gastos R$ 18 milhões
em obras de abastecimento de água,
fossas e sumidouros nas áreas indígenas.
Este ano, devem ser investidos R$ 30 milhões
em saneamento para atender 100 mil índios.