A metodologia utilizada apenas mostra áreas
intactas maiores que 500 quilômetros
quadrados. As muitas áreas menores
de floresta com alto grau de conservação
e com necessidade de proteção
não estão mapeadas. Os mapas
de oceanos, desenvolvidos por especialistas
da Universidade de York, no Reino Unido, liderado
pelo professor Callum Roberts, identificam
áreas marinhas que necessitam de imediata
proteção contra a sobrepesca,
a pesca predatória, atividades de mineração
e poluição. Através de
modelos computacionais que combinaram dados
científicos com recomendações
de mais de 60 biólogos marinhos, o
professor Roberts estabeleceu uma rede global
de áreas destinadas à criação
de reservas marinhas que cobrem 40% das águas
profundas dos oceanos. Foi dada atenção
especial a hábitats de águas
profundas, altamente sensíveis à
destruição pela pesca de arrasto.
“Este estudo deixa claro que o estabelecimento
de uma rede global de áreas protegidas
de florestas e oceanos é urgente, necessário
e possível. E pode ser alcançado
agora. Caso contrário, em 20 anos,
a falta de ação de governos
pode resultar na perda de grande parte da
biodiversidade para sempre”, disse Christoph
Thies, da campanha de Florestas do Greenpeace
Internacional.
O lançamento dos mapas é parte
da campanha do Greenpeace para expor a crescente
perda de biodiversidade no planeta devido
à destruição das florestas
e oceanos. Especialistas e ativistas do Greenpeace
estão trabalhando na Amazônia
e na Ásia para protestar contra a destruição
das florestas pela exploração
predatória de madeira, desmatamento
ilegal e conversão para agricultura,
como a soja. O navio Esperanza, do Greenpeace,
continua sua expedição global
contra a pesca predatória e para assegurar
o modo de vida de milhões de comunidades
que dependem do ambiente marinho para seu
sustento e para alimentação.