22/03/2006 - O Ministério
do Meio Ambiente lança nesta quinta-feira
(23) duas publicações sobre
recifes de coral na 8ª Conferência
das Partes da Convenção Sobre
Biodiversidade Biológica, que está
sendo realizada em Curitiba. "Monitoramento
de Recifes de Coral: Situação
Atual e Perspectivas" e 2ª edição
do "Atlas de Recifes de Coral nas Unidades
de Conservação" trazem
detalhes sobre o ecossistema recifal e devem
servir de subsídio para o manejo destas
Unidades de cCnservação (UCs).
A documentação dos monitoramentos
feitos pelo programa Reef Check Brasil, coordenado
pela professora da Universidade Federal de
Pernambuco, Beatrice Ferreira, mostra os dados
coletados em seis anos de trabalho. Um dos
importantes resultados desse monitoramento
é a informação de que
a população de peixes dessas
UCs cresceu mais do que nas áreas não
protegidas.
O atlas, nesta 2ª edição,
traz mapas detalhados das UCs e de algumas
outras áreas, como as representações
de recifes rasos. Também mostra detalhes
do programa Coral Vivo, que tem o objetivo
de recuperar esse ecossitema, que se estende
do Maranhão ao sul da Bahia.
Com boas fotos e linguagem acessível,
o atlas tem papel fundamental, principalmente,
no turismo e oferece meios para tornar viável
a conservação desse ambientes.
Ele também tem dados sobre a Campanha
Conduta Consciente, cujo objetivo é
justamente conscientizar o turista. As duas
publicações serão lançadas
às 18h15min, na sala B1-10, do Expo
Trade. Na oportunidade também será
divulgados o vídeo sobre a campanha,
em desenho animado, que será veiculado
na mídia. Ainda será anunciada
a adesão brasileira à Iniciativa
Internacional de Recifes de Coral. Com isso,
o Brasil terá oportunidade de trocar
experiências sobre o assunto com outros
países.
Durante a COP-8, o ministério pretende
lançar inúmeras publicações.
A compilação de estudos sobre
ilhas oceânicas do Brasil é uma
delas. A obra é resultado de um workshop
realizado em julho de 2005, promovido pelo
Museu Nacional da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), ministério e
Ibama e com o apoio do CNPQ. "Ilhas Oceânicas
Brasileiras" é uma publicação
pioneira. Ela reúne trabalhos de pesquisadores
de todo o país e de dezenas de instituições.
Segundo o vice-diretor do museu, Ruy Válka,
um dos organizadores da obra, ela corresponde
a um marco no conhecimento e também
é um importante instrumento para o
manejo de Trindade, Martin Vaz, Fernando de
Noronha, do arquipélago São
Pedro e São Paulo, do Atol das Rocas,
além de Abrolhos, que apesar de não
ser uma ilha oceânica tem fauna e flora
muito semelhante às outras cinco.
Também será lançada "Avaliação
do Estado do Conhecimento da Biodiversidade
Brasileira", volumes I e II. O professor
da Unicamp, Thomas Lewinsohn, é o organizador.
A obra reúne tudo o que se conhece
da biodiversidade do país, descreve
um perfil dos recursos naturais e destaca
quais as principais lacunas no conhecimento
sobre táxon, região e bioma.
Estima-se que o Brasil possua aproximadamente
13% das espécies de todo o mundo e
a maior parte disso ainda é desconhecida.
A publicação do ministério,
15Ú da série Biodiversidade,
traz informações sobre microorganismos,
organismos de água doce invertebrados
e vertebrados, invertebrados terrestres, invertebrados
marinhos, vertebrados, plantas terrestres
e diversidade genética. Esse é
a obra mais completa sobre a biodiversidade
brasileira.