Bahia
(21/03/06) - O posto avançado que o
Ibama mantém na Ilha de Itaparica vai
abrigar, a partir das próximas semanas,
uma unidade da Companhia de Polícia
de Proteção Ambiental da Polícia
Militar da Bahia (COPPA), que é um
dos principais parceiros do órgão
no projeto de combate à pesca com explosivo
na região da Baía de Todos os
Santos, denominado Operação
Carapeba.
Essa notícia foi dada ontem (20), em
primeira mão, pelo Superintendente
do Ibama na Bahia, Julio Rocha, durante a
visita que realizou ao escritório regional
de Santo de Jesus, no Recônvaco Baiano,
para apresentar aos servidores da unidade
e à imprensa local o novo chefe do
escritório, o analista ambiental Fernando
Cury.
Segundo o superintendente,
a COPPA vai disponibilizar em média,
cerca de 15 soldados, que permanecerão
na Ilha em regime integral, realizando o trabalho
de fiscalização, prevenção
e combate à chamada “pesca com bomba”,
na Baía de Todos os Santos e seu entorno.
Júlio Rocha adiantou
ainda que está mantendo contato com
a Prefeitura Municipal de Itaparica com a
finalidade integrá-la no rol de parceiros
da operação, celebrando futuramente
um Termo de Cooperação entre
as duas instituições.
De acordo com Rocha, o escritório
regional de Santo Antonio de Jesus - ao qual
está subordinado o posto avançado
-, tem importância estratégica
fundamental para o sucesso da operação,
“pois ali serão articuladas as ações
que demandarão o combate à pesca
com bomba em toda a região”.
O superintendente considera
que o fato, por si só, já é
suficiente para por fim às especulações
sobre o possível fechamento do escritório
de Santo Antonio de Jesus que, segundo os
boatos, seria transferido para o município
de Feira de Santana. Os servidores presentes
comemoraram a boa nova.
O novo chefe da unidade
do Ibama, Fernando Cury, fez coro ao que disse
o superintendente e afirmou que a palavra
de ordem de sua gestão será:
“parceria”. Ele acrescentou que nos próximos
dias irá procurar todos os setores
que compõem a sociedade na sua área
de jurisdição, buscando parceria
em um trabalho integrado entre governo, setor
empresarial, sociedade civil organizada, “enfim,
todos aqueles que puderem contribuir de alguma
forma para o desenvolvimento da conscientização
ambiental na região”. Cury ressaltou
que somente um trabalho integrado poderá
garantir o sucesso de uma gestão responsável
pela fiscalização ambiental
em 48 municípios, em uma região
que contém inúmeros problemas,
com destaque para o desmatamento e a prática
da pesca predatória com utilização
de explosivo/bomba.