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INVESTIGAÇÃO DO GREENPEACE REVELA ESQUEMA DE TRÁFICO DE MADEIRA ILEGAL NA CHINA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2006

29.03.2006 - Curitiba (PR) - Extração predatória de algumas das florestas mais ameaçadas do mundo abastece a crescente demanda do mercado chinês; o valor das exportações da Amazônia para a China duplicou no governo Lula

A China é o centro de um esquema de tráfico de madeira ilegal vinda de algumas das florestas mais ameaçadas do mundo, acusa relatório investigativo lançado hoje pelo Greenpeace durante a 8ª Reunião das Partes (COP 8) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que acontece até dia 31, em Curitiba.

O relatório Dividindo a culpa: consumo global de madeira e o papel da China na destruição de florestas primárias mostra como a madeira extraída de forma ilegal das florestas do sudeste da Ásia e do Pacífico, conhecidas como florestas do Paraíso, é embarcada para a China para alimentar a indústria madeireira de móveis, pisos e compensados, que atende à crescente demanda mundial de produtos de madeira com preços mais acessíveis.
A China é hoje o maior mercado importador de madeira tropical do mundo: metade de todas as árvores tropicais cortadas vai para a China. A maioria dessa madeira vem da Ásia, onde entre 76% e 90% da atividade madeireira é ilegal. Uma parte expressiva da madeira amazônica também é exportada para a China.
“A voracidade da China é impressionante e põe em risco a biodiversidade do planeta”, afirmou Paulo Adário, coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace. A China já é o segundo maior importador de madeira amazônica, só ficando atrás dos EUA.

Em 2005, 14% da madeira exportada da Amazônia foi para o país, movimentando US$ 138,5 milhões e 251 mil toneladas de madeira. “Apesar da supervalorização do real em relação ao dólar, que tornou a madeira brasileira muito mais cara, as importações da China cresceram 92.8% em valor e 58% em volume no governo Lula, o que mostra a crescente demanda do mercado chinês pela madeira amazônica”, concluiu Adário.

A produção chinesa é direcionada para o mercado interno e para exportação para os EUA, a Europa, o Japão e outros países desenvolvidos. Atualmente, os maiores consumidores das florestas primárias ainda são os Estados Unidos, a Europa e outros países desenvolvidos.

O estudo do Greenpeace conclui que as florestas do mundo não vão suportar os atuais padrões de consumo nos países desenvolvidos e a crescente demanda na China, que está provocando o aumento do desmatamento de florestas tropicais. Só nos últimos dez anos, o consumo chinês de madeira cresceu 70%, um terço disso devido ao crescimento das exportações e dois terços em decorrência do aumento do consumo interno.

O Greenpeace alerta que, se a China tiver um crescimento no consumo de papel e atingir o nível hoje dos EUA, por exemplo, o país necessitaria de cerca de 1.6 billhões de metros cúbicos extras de madeira por ano, o equivalente a todo o volume movimentado pela indústria madeireira anualmente no planeta. Ou seja, teríamos que achar outro planeta igual ao nosso para conseguir suprir essa demanda.

Na semana passada, o governo chinês reconheceu o problema, e anunciou um imposto de 5% sobre o consumo de pisos de madeira e palitos descartáveis usados como talheres pelos chineses.

O Greenpeace pede à China e aos outros 187 países signatários da CDB que estabeleçam medidas concretas para a proteção das últimas florestas intactas do mundo, como a criação de uma rede global de áreas protegidas para acabar com o comércio ilegal e a extração predatória de madeira. O Greenpeace também exige o estabelecimento de um mecanismo regulatório legal dentro da CDB para combater o desmatamento e o tráfico de madeira.

 
 

Fonte:Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Foto: Greenpeace

 
 
 
 
 
 

 

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