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MINISTRA LANÇA PLANO PARA MONITORAR A MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2006

Curitiba (30/03/06) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anuncia hoje (30) o Plano de Monitoramento e Controle da Mata Atlântica brasileira. O evento ocorrerá na sala B 1.4 da Expotrade, durante a 8ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica (COP 8), em Pinhais, grande Curitiba (PR). Estarão presentes também o presidente do Ibama, Marcus Barros, e o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel.

A exemplo do que faz na Amazônia, o Ibama monitorará a Mata Atlântica por satélite. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolverá e fornecerá imagens de desmatamentos, facilitando a intervenção da fiscalização. A execução deste Plano é urgente, uma vez que restam em pé apenas 7% da configuração original do bioma. Pior: mesmo que 93% da Mata Atlântica tenham desaparecido, alguns setores insistem em continuar desmatando.

O Ibama tem fiscalizado sem trégua a devastação, com operações exitosas, por exemplo, no Rio de Janeiro (onde construções de luxo encontram-se embargadas), no Sul da Bahia, onde as ações estão bem articuladas com o Programa Corredores Ecológicos, em especial o Corredor Central da Mata Atlântica. Tem atuado também em Santa Catarina e no Paraná, onde intercedeu para manter de pé a floresta mista de Araucária. Em janeiro e fevereiro, o Ibama desencadeou operações sob a ótica do Plano. Identificou uma série histórica de imagens de satélite acusando desmatamentos ilegais ocorridos na vigência do Decreto 1000 e está aplicando multas técnicas pelos prejuízos causados a floresta.

Contudo, algo precisava ser feito de forma ainda mais incisiva para impedir a catástrofe. Com o plano, o governo pretende não só estancar a devastação, mas recuperar a floresta. Para tal, em paralelo às ações de fiscalização, o governo continuará a desenvolver e implementar políticas públicas que possibilitem reverter o cenário.

Patrimônio - Maior floresta tropical do Brasil depois da Amazônia, a Mata Atlântica é um dos cinco principais biomas do planeta. Seus ecossistemas concentram a maior biodiversidade de espécies por hectare. Falamos de cerca de 10 mil espécies, riqueza que fez com que a Unesco declarasse este bioma Reserva da Biosfera e Patrimônio da Humanidade.

Mesmo com toda a pressão resultante da ocupação desordenada, os remanescentes da Mata Atlântica, hoje concentrados em sete estados, ainda conseguem responder pela estabilidade do solo, pelo equilíbrio do microclima e pelo controle de pragas de uma região que, da Bahia a Santa Catarina, responde por 70% do PIB brasileiro e uma população de 120 milhões de pessoas, abastecidas por grandes rios, como Paraná, Tietê e São Francisco, dentre outros vitais à agricultura, pecuária e urbanização.

Construção coletiva - Elaborado por Grupo de Trabalho do Ibama, com consonância do Ministério do Meio Ambiente e participação da sociedade, o Plano é uma resposta às deliberações da II Conferência Nacional de Meio Ambiente no que diz respeito ao desenvolvimento de planos de monitoramento do mesmo padrão empregado na Amazônia Legal. O Plano será um instrumento para fazer valer a legislação, como o Projeto de Lei da Mata Atlântica, em processo de aprovação pelo Congresso Nacional, após 14 anos de debates. Transformado em lei, o PL da Mata Atlântica conferirá ainda maior respaldo legal para que o plano de monitoramento e fiscalização seja realizado.

Medidas estruturantes - O Plano de Monitoramento adotará medidas estruturantes e consiste na implementação de seis linhas programáticas. A primeira medida é o Monitoramento Sistematizado do Desmatamento. A exemplo da metodologia que o Inpe desenvolve com o Ibama para identificar o corte seletivo na Amazônia, O Ibama/Inpe desenvolverão sistema adaptado às condições morfológicas da Mata Atlântica.

A segunda medida é a Formação de uma Rede de Vigilância. Num país do tamanho do Brasil, é preciso o esforço colaborativo de todos os envolvidos, dos órgãos de governo e da sociedade. A fiscalização é fortalecida a partir do intercâmbio de informações com diversas instituições, podendo responder de modo mais efetivo e imediato aos crimes ambientais.

Nessa direção, a terceira medida será a Integração de um Sistema de Informações Ambientais (base de dados integrada interinstitucional). Com a quarta medida, a Fiscalização Integrada na esfera pública, o governo federal poderá atuar em conjunto com diversos órgãos dos governos estaduais e até municipais - com grande força - sobretudo em áreas críticas de pressão da Mata Atlântica.

Para reforçar a fiscalização, o Ibama está atuando para coibir desmatamentos ilegais. Em exemplo: a realização, em 2003, do Seminário Nacional de Fiscalização da Mata Atlântica, uma parceria entre Ministério, o Ibama e Rede de ONGs. O governo saiu do encontro com estratégias e prioridades, especialmente para proteção de florestas de araucária no Sul do País e para coibir a extração ilegal de madeira no Sul da Bahia.

A quinta medida será investir na formação de uma Rede de Comunicação, Educação e Capacitação. Não basta agir com poder de polícia, multando, prendendo. "Precisamos atuar também na formação educativa das pessoas, como ocorre, por ora em cinco estados, com o Programa Agentes Ambientais Voluntários. Com isso, o Ibama fortalece na ponta a rede de vigilância, ampliando o trabalho de educação ambiental às populações e impulsionando programas como Corredores Ecológicos e Corredor Central da Mata Atlântica.

Por fim, como sexta medida, o Plano buscará o Controle Integrado e a Consolidação de Unidades de Conservação.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Rubens Amador)

 
 
 
 
 
 

 

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