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MONTIEL APRESENTA PLANO DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2006

Curitiba (31/03/06) – O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, apresentou ontem o Plano de Monitoramento e Controle da Mata Atlântica. O evento ocorreu na 8ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica (COP 8), que termina hoje, em Curitiba, e contou com as presenças, na mesa, da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; do presidente do Ibama, Marcus Barros; do diretor de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, e da diretora da Rede Mata Atlântica, Kátia Monteiro. Depois da exposição de Montiel, todos falaram com otimismo sobre o Plano, que pretende não apenas estancar os desmatamentos, mas também recuperar a vegetação, afetada desde 1500, quando os portugueses aportaram no Brasil.

Com o Plano, o Ibama monitorará a Mata Atlântica por satélite. “A partir de agora, nós e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveremos um sistema que seja capaz de ‘ler’ as peculiaridades da vegetação atlântica – afetada, sobretudo, pela especulação imobiliária e pela extração de seivas de uso cosmético e medicinal. As imagens de satélite permitirão ação mais rápida e eficaz da fiscalização de um bioma do qual restam 7% da configuração original, e, mesmo assim, continua a sofrer desmatamentos”, explicou Flávio Montiel.

Segundo ele, a situação chegou a este ponto pela ausência de políticas públicas de governos anteriores. “A chegada do Plano não quer dizer que estivéssemos parados. A fiscalização estava agindo fortemente. Porém, com o Plano e os recursos que a ele serão destinados, teremos condições não só de melhorar o resultado da fiscalização como também reflorestar a área”, afirmou Montiel. Como exemplo, o diretor citou o aumento do volume de multas de 2004 para 2005 pela derrubada da Araucária, que, segundo ele, cresceu 600%.

O Plano adotará medidas estruturantes a partir de seis linhas programáticas: 1) Monitoramento Sistematizado; 2) Formação de Rede Nacional de Vigilância; 3) Integração de Sistema de Informações Ambientais; 4) Fiscalização Integrada das três instâncias de governo; 5) Formação de Rede de Comunicação, Educação e Capacitação; 6) Controle Integrado e Consolidação de Unidades de Conservação.

Montiel deu detalhes de cada um dos pontos, mas enfatizou que, “com a descentralização da gestão ambiental, é fundamental que as administrações federal, estaduais e municipais troquem informações para melhorar sua atuação de fiscalização e de formulação de soluções políticas”. Nesse sentido, informa o diretor, o Ibama está trabalhando para integrar os sistemas de informação das três instâncias públicas. “É o que pretendemos com o Sisnama”, disse.

O secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, elogiou a iniciativa do Plano. “Passamos a contar com uma estrutura, o Plano, que favorece o planejamento de políticas e de ações. Na Secretaria do Ministério, estaremos mobilizados para dar ao Plano todo apoio”, disse Capobianco.

O presidente do Ibama, Marcus Barros, disse que o Brasil está em débito com a Mata Atlântica desde a chegada de Cabral, mas lembrou que a sociedade resistiu para que o bioma não fosse ainda mais desfigurado e, por isso, a execução do Plano terá respaldo da população. “Era preciso alguém chegar, propondo um casamento entre a sociedade e o poder público. Além do mais, se conseguimos reduzir em 31% a taxa de desmatamento na Amazônia, enfrentando e vencendo madeireiros poderosos e forças internacionais, acredito que podemos ter igual êxito na Mata Atlântica. Para isso, porém, teremos de aliar ações de comando e controle com ações estruturantes”, afirmou Barros.

A diretora da Rede Mata Atlântica, Kátia Monteiro, afirmou que o governo pode contar com o apoio das 300 entidades que compõem a organização não governamental. “É um longo caminho, mas, mais do que reclamar, nós queremos ajudar”, disse.

O discurso da ministra Marina Silva foi aplaudido por cinco minutos por 150 pessoas em pé. “No início do governo, não faltou quem me dissesse que eu deveria tomar cuidado com as entidades civis. Eu pergunto: eu deveria desprezar o apoio de 300 entidades da Rede Mata Atlântica? Ou devo procurar agregar esforços?” Segundo a ministra, a colaboração tem sido possível porque ela sempre soube separar as responsabilidades de cada setor, de governo e da sociedade civil.

A ministra aproveitou para falar do atraso na aprovação do Projeto de Lei da Mata Atlântica, em debate há 14 anos do Congresso Nacional. “O projeto está na cabeça da pauta de votação, mas têm ocorrido postergações. Pode demorar ainda. Não sabemos quanto. Por isso, precisamos continuar a trabalhar para convencer os parlamentares da importância evidente da aprovação do Projeto para o País”, finalizou Marina.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Rubens Amador)

 
 
 
 
 
 

 

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