Curitiba
(31/03/2006) - Até a tarde de hoje,
a Operação Araucária
7, desenvolvida pelo Ibama no Sul do Paraná,
desde o último dia 21, resultou na
aplicação de 12 autos de infração
ambiental contra proprietários de terra
do Paraná, multados em R$ 926.620,00.
Além das autuações, os
fiscais embargaram até o momento 555
hectares de terra e apreenderam 54 m³
de madeira. Os infratores foram enquadrados
na Lei de Crimes Ambientais por um “coquetel”
de delitos, desde desmatamento até
queima irregular - fora do prazo legal - de
vegetação nativa.
Mesmo os pinheiros de araucária,
dos quais restam apenas 1% da configuração
original, foram vítimas de motosserras
e dos machados. A operação está
sendo coordenada pelo chefe de Fiscalização
do Ibama no Paraná, Hélio Sydol,
com supervisão do coordenador geral
da Fiscalização do Ibama, Arty
Fleck.
Ao todo, 28 fiscais do Ibama
estão envolvidos na operação.
O trabalho, feito de forma integrada, reúne
quatro servidores do Ibama sede, em Brasília,
oito de Santa Catarina e 16 do Paraná.
Veículos são seis: cinco automóveis
e um helicópero. Os autos de infração
foram entregues pessoalmente por terra, depois
que a equipe identificou, por helicóptero,
139 pontos de possíveis infrações,
como clareiras, sinais de fogo, dentre outros.
Prevista para durar quinze
dias, a Operação Araucária
7 será prolongada, sem data de término.
“O adiamento do fim desta operação
intensiva ocorreu por causa da chuva, que
atrapalhou o planejamento inicial dos fiscais”,
informou o chefe de fiscalização
do Ibama (PR), Hélio Sydol.
Segundo ele, o objetivo
de quem desmata no Sul do estado não
é comercializar a madeira, como ocorre
na Amazônia. O objetivo principal é
o plantio de pinus, para comércio do
papel. “É a característica da
região. Até porque os infratores
sabem que se tentarem avançar pelas
rodovias com caminhões carregados de
madeira, as chances de serem pegos é
enorme”, diz Sydol. Depois de desmatar, os
infratores abandonam as madeiras na terra
para apodrecerem na floresta ou então
jogam no rio.