25/03/2006 - Representantes
dos países amazônicos reuniram-se
neste sábado (25), em Curitiba, para
trocar informações a respeito
de políticas ambientais e discutirem
projetos de cooperação bilaterais
e multilaterais. A ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, explicou as diretrizes em que
o governo brasileiro se baseia para elaborar
suas ações para a área.
A reunião aconteceu paralelamente à
programação do Dia Brasil e
da COP 8.
Controle e participação
social, segundo ela, são imprescindíveis
nesse processo, principalmente ao se considerar
a riqueza da biodiversidade da Amazônia.
"A sociedade deve ajudar a formular,
implantar e corrigir os rumos das políticas",
salientou a ministra. A promoção
do desenvolvimento sustentável e o
fortalecimento das instituições
que integram o sistema nacional do meio ambiente
também são fundamentais.
A ministra explicou que
o Plano Amazônia Sustentável,
do Brasil, trata da gestão ambiental
e do ordenamento territorial, do sistema de
financiamento, da inclusão social e
de investimentos em infra-estrutura. Para
Marina Silva, os países amazônicos
podem fazer uma parceria para o combate do
desmatamento ilegal no bioma. O governo brasileiro
possui hoje mecanismos para acompanhar em
tempo real a degradação na Amazônia.
Para o vice-ministro do
Meio Ambiente do Equador, Alfredo Carrasco,
a agenda dos países amazônicos
deve ser compartilhada. Segundo ele, o investimento
em pesquisas científicas é um
dos pontos mais importantes nessa parceria.
"Tenho a certeza de que a Amazônia
é um grande laboratório",
disse ele. A representante do Peru, Maria
Luiza Del Rio, também defendeu a necessidade
de os países partilharem o conhecimento
sobre a região.